Pyongyang: dirigentes de Kaesong são aconselhados a ficar 'preparados'
Uma autoridade da Coreia do Norte visitou nesta segunda-feira o complexo industrial de Kaesong e pediu a seus responsáveis que estejam "totalmente preparados" para qualquer acontecimento, no sexto dia do bloqueio da passagem de sul-coreanos ao estabelecimento por parte do governo de Pyongyang.
O secretário-geral do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores, Kim Yang-gon, pediu aos dirigentes norte-coreanos do complexo que estejam "totalmente preparados para fazer frente a qualquer situação na região", informou a agência estatal KCNA.
Kim disse durante a visita que a atual crise no único projeto vigente entre as duas Coreias se deve aos "atos imprudentes dos belicosos sul-coreanos e americanos", em uma aparente referência às manobras militares que os dois aliados realizam no sul da península.
O secretário-geral do partido único norte-coreano mostrou aos funcionários do Estado comunista em Kaesong planos detalhados sobre a preparação pedida, segundo o escritório da KCNA, que omitiu detalhes sobre o conteúdo dos mesmos.
Por sua vez, o Ministério da Unificação sul-coreano confirmou que, em sua passagem por Kaesong, Kim visitou várias companhias, mas não se reuniu com autoridades sul-coreanas do comitê de gestão do complexo industrial.
Hoje foi o sexto dia no qual funcionários procedentes da Coreia do Sul não puderam entrar em Kaesong, onde 13 empresas já cessaram suas operações por causa da restrição ao acesso de sul-coreanos.
Situado ao sudeste da Coreia do Norte a poucos quilômetros da zona desmilitarizada (DMZ) que separa as duas Coreias, o complexo industrial abriga 123 companhias do Sul que fabricam vários produtos com a mão-de-obra de 54 mil norte-coreanos.