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Ásia

Japão entra em alerta máximo por passagem do tufão Neoguri

No final da manhã, cerca de 136 mil moradores da cidade de Okinawa foram aconselhados a abandonar suas residências. No total, a orientação para evacuação envolve 480 mil pessoas

7 jul 2014 - 21h54
(atualizado em 8/7/2014 às 14h17)
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O alerta é declarado apenas quando há risco de mortes e danos maiores devido às chuvas torrenciais e ventos acima dos 270 km/h
O alerta é declarado apenas quando há risco de mortes e danos maiores devido às chuvas torrenciais e ventos acima dos 270 km/h
Foto: Kyodo / Reuters

A agência meteorológica do Japão emitiu nesta segunda-feira um alerta máximo preventivo antes da chegada do violento tufão Neoguri ao sul do país, onde 55 mil pessoas foram instruídas a deixar suas casas por causa deste fenômeno climático considerado o pior em décadas.

O alerta é declarado apenas quando há risco de mortes e danos maiores devido às chuvas torrenciais e ventos acima dos 270 km/h. A agência lançou um alerta para a ilha de Okinawa, onde vivem 1,2 milhão de pessoas, e para a ilha de Miyako, onde 55 mil pessoas devem sair de casa.

"Aconselhamos os cerca de 55 mil habitantes a refugiarem nos locais adequados neste tipo de situação", informou à AFP um porta-voz das autoridades locais. A mesma recomendação foi formulada para 42 mil habitantes de Nanjo e 96 mil de Ginowan, duas cidades do sul de Okinawa.

No final da manhã, cerca de 136 mil moradores da cidade de Okinawa foram aconselhados a abandonar suas residências. No total, a orientação para evacuação envolve 480 mil pessoas, mas apenas alguns milhares de habitantes abandonaram suas casas.

Às 10h00 local desta terça-feira (22h Brasília de segunda), o centro do tufão estava a 90 km da ilha de Miyako. A maior base das forças americanas no Pacífico, situada na ilha de Okinawa, começou a deslocar seus aviões no domingo.

"Trata-se de uma situação excepcional, com um enorme risco potencial e queremos que a população observe as orientações das autoridades locais antes da chegada do tufão", advertiu um funcionário.

Neoguri avança com entre 20 km/h e 25 km/h em direção ao norte e depois para leste, com ventos de até 270 km/h. As ondas podem chegar aos 14 metros de altura, segundo essa agência, que concedeu várias coletivas de imprensa durante o dia para manter a população informada.

"Os ventos violentos e as altas ondas representam um sério perigo" para o arquipélago situado ao sul de Okinawa, onde está a ilha de Miyako, disse Satoshi Ebihara, encarregado da agência meteorológica em coletiva de imprensa.

Ebihara informou que a população sabe que deve "tomar as medidas adequadas para se proteger", caso a situação exija.

De viagem ao exterior, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, determinou que sejam tomadas todas as medidas necessárias para fazer frente à ameaça que o violento tufão representa.

As ondas podem chegar aos 14 metros de altura
As ondas podem chegar aos 14 metros de altura
Foto: Hitoshi Maeshiro / EFE

Neoguri, que significa "guaxinim" em coreano, pode causar fortes chuvas de até 80 milímetros por hora em uma grande área do sul do arquipélago, especialmente em Okinawa.

O tufão pode se transformar em uma depressão antes de atingir a ilha central de Honshu, onde ficam as cidades de Osaka (oeste), Nagoia (centro) e Tóquio (leste), assim como a usina nuclear de Fukushima, danificada por um terremoto seguido de tsunami, em março de 2011.

"Peço às autoridades municipais que não hesitem em emitir ordens de evacuação e que não temam excesso de prudência", declarou o ministro japonês encarregado da gestão de desastres, Keiji Furuya.

James Hecker, comandante americano de uma base esvaziada, informou em um comunicado que o Neoguri "é um dos tufões mais violentos em 15 anos". "Calculamos que chegará na manhã de terça-feira", afirmou.

"Durante o tufão, não se deve ir para a rua (...) Tudo o que não estiver amarrado, inclusive objetos pequenos, podem virar projéteis mortais", acrescentou o militar.

Os tufões costumam atingir a região de Okinawa, mas geralmente não são tão violentos. As empresas aéreas e marítimas cancelaram as viagens com destino e procedentes de Okinawa, onde as escolas devem fechar as portas.

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