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Ásia

EUA pode remover cooperação militar com Tailândia após golpe

Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, já tinha advertido que o golpe teria "implicações negativas" na relação bilateral entre as duas nações

22 mai 2014 - 23h03
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<p>Soldados montam guarda durante a&ccedil;&atilde;o, na Tail&acirc;ndia, nesta quinta-feira</p>
Soldados montam guarda durante ação, na Tailândia, nesta quinta-feira
Foto: Reuters

O governo dos Estados Unidos avalia suspender mais de US$ 10 milhões em ajuda à Tailândia após o golpe de Estado ocorrido nesta quinta-feira, além de revisar a cooperação militar bilateral, informou o Departamento de Estado americano.

A porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, explicou que está sendo realizada uma "revisão completa" da cooperação militar e em outros âmbitos com Tailândia.

"Tomamos medidas preliminares para suspender o compromisso (em matéria) militar e a assistência enquanto consideramos os fatos no terreno", disse.

Psaki destacou que o Departamento de Estado e a Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) dedicam anualmente aproximadamente US$ 10 milhões em assistência, embora o número possa ser maior se forem congeladas outras ajudas.

A porta-voz destacou que a situação é recente e a equipe legal ainda está estudando as possibilidades.

Quanto à ajuda militar, não especificou como afetará, mas ressaltou que está sendo analisada tanto a ajuda como a cooperação entre ambos países. "Estamos no princípio do processo de revisão", explicou.

O secretário de Estado, John Kerry, já tinha advertido que o golpe teria "implicações negativas" na relação bilateral, em comunicado no qual urgiu a volta da democracia "imediatamente".

A embaixada americana na Tailândia emitiu um alerta no qual recomenda aos cidadãos americanos estarem atentos à evolução da situação, no entanto não pediram que abandonem o país.

O Exército da Tailândia tomou nesta quinta-feira o poder em um golpe de Estado após decretar sua mediação para acabar com a crise política e os protestos antigovernamentais que deixaram 28 mortos e centenas de feridos desde novembro do ano passado.

EFE   
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