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Ásia

Coreia do Norte chama ONU de "fórum de mentiras"

Chanceler disse que Conselho de Segurança "não tem nenhuma autoridade" para proibir atividades nucleares ou balísticas sob a ameaça de sanções

28 set 2014 - 08h33
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O chanceler acusou o Conselho de fazer vista grossa diante da morte de civis em Gaza e por punir a Síria por conflito
O chanceler acusou o Conselho de fazer vista grossa diante da morte de civis em Gaza e por punir a Síria por conflito
Foto: Ray Stubblebine / Reuters

O chanceler norte-coreano acusou, neste sábado, o Conselho de Segurança da ONU, de ser um fórum de mentiras e de usar duas medidas, pedindo sua reforma urgente, em discurso na Assembleia Geral da ONU.

Esta é a primeira vez em 15 anos que um encarregado da alta hierarquia do governo de Pyongyang se dirige à Assembleia Geral da ONU.

"O Conselho de Segurança não deve servir mais como um fórum para dizer mentiras", disse o chanceler, Ri Su Yong, a respeito do organismo que impôs duras sanções à Coreia do Norte por causa de seu programa nuclear e o lançamento de mísseis.

O chanceler acusou o Conselho de fazer vista grossa diante da morte de civis em Gaza nos ataques israelenses, ao mesmo tempo em que pune a Síria pelo conflito em seu território.

Ri disse, ainda, que o organismo estava "demonstrando a manifestação extrema do duplo padrão moral" e que não devia ser levada adiante nenhuma ação na Síria "sob os disfarce do antiterrorismo", em alusão aos ataques aéreos encabeçados pelos Estados Unidos no país, na tentativa de derrotar os jihadistas do grupo Estado Islâmico.

Em alusão ao programa nuclear da Coreia do Norte, o ministro das Relações Exteriores reafirmou que a "política hostil" dos Estados Unidos deu base à decisão de Pyongyang de desenvolver armas nucleares.

Ri avaliou que o Conselho de Segurança "não tem nenhuma autoridade" para proibir que a Coreia do Norte desenvolva atividades nucleares ou balísticas sob a ameaça de sanções. "A ONU não é uma monarquia e o Conselho de Segurança não é o Senado", afirmou, pedindo que este último seja reformado "sem demora".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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