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Após explosões em vulcão, Stromboli vive cenário de guerra

Um italiano morreu e um brasileiro ficou ferido no incidente

4 jul 2019 - 08h53
(atualizado às 09h56)
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Stromboli, na Itália, volta lentamente à normalidade nesta quinta-feira (4), após as duas violentas explosões ocorridas ontem, às 16h46 locais, no vulcão da ilha.

Após explosões em vulcão, Stromboli vive cenário de guerra
Após explosões em vulcão, Stromboli vive cenário de guerra
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

No entanto, o cenário ainda parece de guerra, com poeira negra cobrindo as residências e detritos pelas ruas. A zona mais atingida é o vilarejo de Ginostra. "Agora estamos trabalhando para limpar, mas precisamos de ajuda e de braços fortes", disse o morador Gianluca Giuffrè.

O prefeito de Lipari, Marco Giorgianni, informou que a situação está sob controle na ilha. "Em Ginostra, e em grande parte da ilha, o fornecimento de energia elétrica foi retomado. Técnicos da Enel trabalharam durante a noite para reparar os danos", disse.

Segundo ele, não há necessidade de evacuar Stromboli, apesar de 98 pessoas terem se apavorado e deixado a ilha às pressas. As explosões, que expeliram lava e cinzas, causaram a morte do italiano Massimo Imbesi, de 35 anos, e deixaram ao menos três pessoas feridas, entre elas um brasileiro.

As autoridades italianas investigarão a causa da morte de Imbesi: intoxicação pela fumaça ou uma queda enquanto tentava fugir das explosões, já que o rapaz apresentava uma lesão no peito.

O brasileiro, que era amigo de Imbesi e está em estado de choque, deve prestar depoimento para esclarecer a dinâmica do ocorrido. Ele foi encontrado desidratado pelas equipes de socorro. Os dois realizavam uma excursão pelo vulcão.

A ilha também sofreu um terremoto de 2 graus de magnitude durante esta madrugada, o que especialistas acreditam ser um efeito do assentamento do vulcão.

O vulcão Stromboli é um dos mais ativos do mundo e está localizado em uma ilha da Sicília, no sul da Itália, que leva o mesmo nome. Mas as explosões de ontem estão entre as mais fortes de todas as registradas no vulcão desde 1985, quando foi ativado o sistema de monitoramento, de acordo com um especialista do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), Eugenio Privitera.

Ansa - Brasil   
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