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Apoiadores do Brexit endossam novo referendo sobre UE para impedir saída "suave" do bloco

11 jan 2018 - 17h32
(atualizado às 17h39)
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Dois dos mais proeminentes apoiadores do Brexit no Reino Unido endossaram nesta quinta-feira um segundo referendo sobre a saída da União Europeia, considerando como a melhor maneira de impedir apoiadores do bloco de tentarem reduzir, ou até mesmo suspender, a saída do país.

Farage, depois de reunião sobre Brexit em Bruxelas 8/1/2018 REUTERS/Francois Lenoir
Farage, depois de reunião sobre Brexit em Bruxelas 8/1/2018 REUTERS/Francois Lenoir
Foto: Reuters

Britânicos chocaram o establishment político em junho de 2016 ao decidirem, com 52 por cento de votos a favor e 48 contra, acabar com mais de quatro décadas de laços políticos, econômicos e legais com a União Europeia.

    Mas, com a nação ainda profundamente polarizada e a desilusão sobre a complexidade da saída ganhando espaço e pessimismo sobre o impacto econômico do Brexit crescendo, muitos no campo anti-UE temem uma eventual saída "suave", que manteria laços essenciais e frustraria qualquer repressão à imigração.

    Nigel Farage, uma figura central na campanha pela saída do bloco antes do referendo, disse que considera a ideia de realizar uma segunda votação para resolver a questão se a saída foi a decisão correta ou não.

"Talvez, apenas talvez, eu esteja chegando ao ponto de pensar que nós devêssemos ter um segundo referendo... sobre participação na UE", disse o ex-líder do pequeno Partido de Independência do Reino Unido ao programa "The Wright Stuff", da emissora Channel Five.

    "Eu acho que se tivéssemos um segundo referendo sobre participação na UE nós teríamos sucesso. A porcentagem que iria votar pela saída na próxima vez seria muito maior do que na rodada da última vez."

Pesquisas de opinião indicam poucos sinais de uma mudança entre eleitores. Uma pesquisa em dezembro indicou que 51 por cento deles agora manteriam participação na UE e 41 por cento optariam pela saída. Mas o instituto de pesquisa BMG informou que a mudança está amplamente naqueles que não votaram -notavelmente muitos jovens- em 2016; cerca de 9 em 10 eleitores pela "saída" e "permanência" continuam com suas visões inalteradas.

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