Antes de uma eleição-chave, presidente diz que moldavos têm o futuro da UE em suas mãos
A presidente Maia Sandu disse nesta sexta-feira que os moldavos têm em suas próprias mãos o destino da candidatura do país à União Europeia, antes da eleição de setembro, na qual ela espera que seu partido pró-europeu mantenha o controle sobre o Parlamento.
Sandu, que quer que seu país, um dos mais pobres da Europa, entre na UE até 2030, estava falando no final da primeira cúpula do bloco de 27 nações com a Moldávia.
Seu Partido de Ação e Solidariedade (PAS) está lutando para manter sua maioria parlamentar na eleição contra um desafio do Partido Socialista pró-russo e seus aliados.
Sandu venceu a reeleição no ano passado por uma margem muito pequena sobre um adversário socialista no ex-Estado soviético situado entre a Ucrânia e a Romênia. E um referendo pedindo aos eleitores que apoiassem a adesão à União Europeia só conseguiu uma maioria de 50%.
"A prosperidade e a paz não acontecem sem motivo, é preciso construí-las. Com esforço coletivo e unidade. Quando os cidadãos estão unidos, escolhem o caminho correto e seguem por ele", disse Sandu em uma coletiva de imprensa no final da reunião.
"A União Europeia já está acontecendo aqui. O único risco é se pararmos. Se decidirmos neste outono que nada nos deterá, então tudo será possível."
Sandu e seu partido denunciaram a invasão da Ucrânia pela Rússia e acusam Moscou de desestabilizar a Moldávia. A Rússia diz que muitos moldavos querem manter laços com Moscou e a acusam de fomentar a russofobia.
As pesquisas de opinião mostram que será difícil para qualquer partido garantir a maioria na Assembleia. Se não houver maioria, seriam necessárias negociações com outros partidos pró-europeus.
Na cúpula, que contou com a presença da chefe da Comissão da UE, Ursula von der Leyen, e de António Costa, chefe do Conselho Europeu, a UE anunciou o desembolso da primeira parcela de 270 milhões de euros de um Plano de Crescimento Econômico.
Também foi anunciado um acordo para permitir que os moldavos se comuniquem por telefone nos países da UE sem tarifas de roaming, uma medida destinada a estimular os contatos comerciais.
