O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou nesta quarta-feira o líder opositor Henrique Capriles de "fascista", "burguesinho chorão" e "derrotado", ao comentar a decisão dos opositores de tentar impugnar judicialmente o resultado da eleição de 14 de abril passado.
"Fascista maior, você foi derrotado, aceite sua derrota e pare de choramingar", exclamou Maduro em um discurso para milhares de pessoas reunidas na Praça O'Leary, no centro de Caracas, por ocasião do Dia do Trabalho.
"Você é um burguesinho chorão e fascista que deseja levar o país ao ódio e à violência", afirmou o presidente sobre Capriles, derrotado pela pequena margem de 240 mil votos e que denuncia várias irregularidades no processo eleitoral.
Maduro também responsabilizou Capriles pela violência desatada na terça-feira na Assembleia Nacional, quando deputados chavistas e opositores trocaram socos após a aprovação de uma medida que proíbe a palavra aos legisladores que não reconhecem a eleição do novo presidente.
"Tínhamos informação de que eles (os opositores) planejavam dois eventos violentos, um na Assembleia e outro no 1º de Maio, nas ruas", disse Maduro, afirmando que apresentará vídeos nos meios de comunicação sobre os incidentes no Parlamento.
Integrantes do sindicato de esquerda Pame protestam em Atenas contra as políticas de austeridade do governo grego. Milhares de trabalhadores pelo mundo saíram às ruas nesta quarta-feira para participar de manifestações em razão do Dia do Trabalho
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Manifestantes atiram pedras na direção de policiais durante protesto em Istambul, na Turquia
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Trabalhadores marcham em Madri para protestar contra as políticas de austeridade, a recessão e o desemprego recorde na Espanha. Mais de 80 cidades do país recebem manifestações neste 1º de maio
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Policiais observam manifestantes durante ato em Berlim, na Alemanha
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Homem é atingido por gás lacrimogêneo durante protesto em Istambul
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Policiais turcos usam escudos para se proteger durante protesto em Istambul
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Trabalhadores exibem painel de flores durante ato para marcar o 1º de maio em Istambul, na Turquia
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Manifestantes em bicicletas participam de ato em Atenas. Cerca de 8 mil pessoas tomaram as ruas da capital grega para protestar contra as políticas de austeridade do governo
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Homem segura bandeira do antigo partido comunista iugoslavo durante manifestação de trabalhadores em Belgrado, na Sérvia
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Ativistas do movimento de extrema-direita francês Frente Nacional participam da sua tradicional manifestação de 1º de maio
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Trabalhadores marcham com bandeiras de sindicatos durante ato em Marselha, no sul da França
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Manifestação do Partido Socialista da Bulgária realizam ato em Sófia. No cartaz se lê: "Para levar a Bulgária de volta às pessoas"
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Manifestantes queimam efíge do presidente filipino Benigno Aquino em frente ao palácio presidencial em Manila. Os trabalhadores exigem melhores salariais após o presidente anunciar um pacote de benefícios que não inclui incremento financeiro
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Manifestantes de partidos socialistas marcham para marcar o 1º de maio em Moscou, na Rússia
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Sul-coreano ergue o punho em frente à barricada policial em manifestação em frente à prefeitura de Seul
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Multidão de trabalhadores participa de marcha em Jacarta, na Indonésia
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Trabalhadores tentam derrubar bloqueio em rua durante protesto em Taipei, em Taiwan. Mais de 10 mil pessoas se reuniram am ato contra a reforma fiscal que cortará pensões no país
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Mulheres protestam por melhores condições de trabalho em Daca, Bangladesh, na esteira do desabamento de prédio que abrigava empresas têxteis que deixou mais de 400 pessoas mortas na semana passada
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Simpatizantes do partido Comunista do Iraque realizam ato na Praça Firdous, no centro de Bagdá. Os comunistas eram proibidos durante o regime de Saddam Hussein
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Em Montreal, no Canadá, policiais e manifestantes se enfrentaram durante os protestos pelo Dia do Trabalho
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Em Los Angeles, nos Estados Unidos, o protesto foi organizado por imigrantes para pressionar o governo pela aprovação da reforma migratória
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Em Caracas, na Venezuela, os atos de Primeiro de Maio se transformaram em homenagens ao presidente Hugo Chávez, que morreu em março
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No México, manifestante queima um caixão vazio em protesto contra o presidente Enrique Peña Nieto
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Em frente ao Congresso Nacional da Argentina, milhares de pessoas participaram de uma manifestação
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Em Bogotá, na Colômbia, fotógrafos fogem dos canhões de água usados pela polícia para dispersar os manifestantes
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Em uma manifestação de partidários da oposição neste 1º de Maio, Capriles anunciou que na quinta-feira "apresentará a impugnação" dos resultados das eleições ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).
"Vamos esgotar todas as instâncias internas porque não há qualquer dúvida de que este caso vai terminar na comunidade internacional, que este caso vai terminar envolvendo cada país onde há democracia", disse Capriles, governador do estado de Miranda, para uma multidão reunida no leste de Caracas.
Capriles anunciou tal iniciativa depois de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) informar o início de uma auditoria dos resultados, mas sem a revisão dos registros de votação, exigência importante da oposição para demonstrar supostas irregularidades.
Os opositores poderão recorrer à Corte Internacional de Direitos Humanos, da qual o governo venezuelano decidiu se retirar em setembro passado, mas que terá sua saída efetivada apenas no prazo de um ano.