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América Latina

Fidel divulga conversa inédita com Chávez após golpe de 2002

Durante o diálogo inédito, Castro aconselha o ex-presidente venezuelano a fazer um filme sobre sobre sua volta ao Palácio Presidencial e a investigar os golpistas que o tiraram do poder por 72 horas

28 mar 2014 - 14h35
(atualizado às 14h53)
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O líder cubano Fidel Castro divulgou nesta sexta-feira uma conversa que manteve em 2002 com Hugo Chávez depois do golpe de Estado que afastou por 72 horas o então presidente venezuelano do poder.

"É preciso fazer um filme sobre isso", afirmou Fidel a Chávez em um longo bate-papo por telefone em 14 de abril de 2002, depois que o presidente venezuelano retomou o poder.

<p>Fidel Castro e Chávez leem o jornal do Partido Comunista, Granma, durante encontro em 28 de junho de 2011</p><p> </p><p> </p>
Fidel Castro e Chávez leem o jornal do Partido Comunista, Granma, durante encontro em 28 de junho de 2011
Foto: AFP

A transcrição da conversa foi publicada nesta sexta-feira em um folheto de oito páginas.

Na conversa, Fidel classifica de impressionantes as imagens da volta de Chávez ao Palácio de Miraflores em Caracas, sob o olhar da multidão.

"São imagens impressionantes, o rosto das pessoas, a alegria. Algo que nunca vi, Chávez! É como um quadro, uma pintura. É preciso fazer um filme sobre isso", declarou Fidel.

Também sugeriu uma investigação sobre os golpistas, a quem chamou de "fascistas" e "filhos da puta".

"Sim, já mandei investigar", respondeu Chávez, que também prometeu a Fidel fazer todo o possível para não dar a seu ídolo "outro susto e outra tristeza".

Chávez relata detalhes dos momentos de amargura e confusão que viveu durante as 72 horas em que ficou isolado por um golpe que, segundo ele, poderia ter resultado "numa guerra civil" e a alegria que sentiu ao saber que havia fracassado.

"Que dia, Fidel! Estou... é uma coisa incrível, incrível! Eu ainda estou processando as coisas", disse Chávez.

"Olha, parece que uma mão divina te ajudou", comentou Fidel. "Bom, o povo, amigo, Deus e o povo", respondeu Chávez.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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