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Nelson Mandela

Mandela: intérprete "impostor" diz que sofre de esquizofrenia

Thamsanqa Dyantyi negou que seja um impostor e disse que sofreu um ataque de esquizofrenia durante o evento; mais tarde ele disse que estava satisfeito com sua performance

12 dez 2013 - 07h53
(atualizado às 09h19)
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Thamsanqa Dyantyi disse que sofreu um ataque de esquizofrenia durante o funeral
Thamsanqa Dyantyi disse que sofreu um ataque de esquizofrenia durante o funeral
Foto: AP

O intérprete de linguagem de sinais acusado de ser um impostor disse que sofreu de um episódio de esquizofrenia durante a cerimônia de despedida de Nelson Mandela, realizada na última terça-feira em Johannesburgo, informa a rede de notícias BBC. 

Thamsanqa Dyantyi, 34 anos, disse à imprensa sul-africana que "começou a ouvir vozes" e a ter alucinações durante o evento e perdeu a concentração. "Não havia nada que eu pudesse fazer. Eu estava sozinho em uma situação muito perigosa", disse o homem ao jornal The Star, de Johannesburgo. "Eu tentei me controlar e não mostrar ao mundo o que estava acontecendo. Eu sinto muito. É a situação em que eu me encontrava", acrescentou. 

Dyantyi disse que trabalha para uma empresa chamada SA Interpreters. 

No entanto, em uma entrevista para a emissora Talk Radio 703 nesta manhã, disse que estava "absolutamente" satisfeito com sua performance no evento e que já havia trabalhado em muitas outras cerimônias importantes anteriormente. 

Na rádio, ele não negou a informação de que sofre de esquizofrenia, mas disse que se sente desconfortável em falar sobre o assunto e preferiu focar na questão de que teria interpretado errado. 

A interpretação de Dyantyi na cerimônia de Mandela causou polêmica ao redor do mundo. Nas redes sociais ele foi acusado de estar interpretando equivocadamente e fazer sinais sem qualquer sentido. Na quarta-feira, uma organização de surdos da África do Sul o acusou de ser um impostor. 

Mandela morre aos 95 anos

Nelson Mandela morreu

na noite de 5 de dezembro. Há meses ele combatia uma infecção pulmonar. Logo após o presidente sul-africano, Jacob Zuma, anunciar oficialmente o falecimento,

líderes mundiais

prestaram homenagem ao principal líder da luta contra o apartheid na África do Sul. A presidente

Dilma Rousseff

lembrou Mandela como a principal personalidade do século XX. O americano

Barack Obama

disse que Mandela "conseguiu mais do que se poderia esperar de qualquer homem".

No dia seguinte, jornais de todo o mundo repercutiram a notícia da morte em suas páginas. Milhares de sul-africanos se reuniram em frente a suas residências, ou em lugares que ele morou, para homenagearem o heroi nacional. No início da tarde, o presidente Zuma confirmou que a programação do funeral de Mandela durará 10 dias. Ele será enterrado em seu vilarejo natal, Qunu, no dia 15 de dezembro. 

<a data-cke-saved-href="http://noticias.terra.com.br/mundo/infograficos/nelson-mandela/iframe.htm" href="http://noticias.terra.com.br/mundo/infograficos/nelson-mandela/iframe.htm">veja o infográfico</a>
Fonte: Terra
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