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África

Chineses são colocados em quarentena após contato com ebola

Os profissionais da saúde trataram de pacientes com o vírus em Serra Leoa

11 ago 2014 - 16h48
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<p>Agente de saúde, vestindo equipamentos de proteção pessoal, oferece água para uma mulher vítima do ebola em um centro de tratamento para pessoas infectadas em Kenema, Serra Leoa, em 6 de agosto</p><p> </p>
Agente de saúde, vestindo equipamentos de proteção pessoal, oferece água para uma mulher vítima do ebola em um centro de tratamento para pessoas infectadas em Kenema, Serra Leoa, em 6 de agosto
Foto: Dunlop/UNICEF / Reuters

Oito funcionários da saúde chineses foram colocados em quarentena em Serra Leoa, onde haviam tratado pacientes com ebola, informou nesta segunda-feira o embaixador chinês em Freetown, Zhao Yanbo.

Entre os oito chineses estão seis médicos e uma enfermeira que trabalhavam no hospital de Jui, nos arredores da capital Freetown, explicou o embaixador a jornalistas.

Os sete profissionais de saúde do hospital Jui "estiveram em contato com um paciente com ebola" tratado em suas instalações e que morreu pouco depois. Eles foram "colocados em quarentena nas últimas duas semanas, sob supervisão médica", declarou Yanbo, indicando que o hospital permanecerá fechado até que seja descontaminado.

O oitavo chinês em quarentena é um médico do hospital público de Kingharman Road, na periferia oeste da capital. Ele também tratou um paciente com ebola e foi colocado em quarentena no dia 8 de agosto.

De acordo com o embaixador, os oito serão mantidos em isolamento até ao final do período de incubação máximo do vírus, que é de 21 dias.

O diplomata não forneceu detalhes e se recusou a dizer se algum dos agentes de saúde apresentou sintomas da doença: febre alta, dor de cabeça, vômito, diarreia e sangramento.

Esse anúncio foi feito pouco antes de uma cerimônia com o anúncio oficial de uma doação chinesa para a Serra Leoa para o combate ao ebola.

O auxílio consiste em kits de proteção, bem como desinfetantes e outros materiais médicos.

Medicamento experimental

A presidente da Libéria, Ellen Johson-Sirleaf, afirmou nesta segunda-feira que pediu aos Estados Unidos que ponham à disposição do país um remédio experimental contra o ebola.

Em um discurso no rádio, Johnson-Sirleaf assegurou que o acesso da Libéria a este remédio contribuiria para combater o ebola e a dar esperança a uma população golpeada pelo vírus.

"Soubemos que o remédio foi administrado em americanos que contraíram a doença aqui, e portanto (o remédio) seria bem-vindo", declarou a presidente liberiana.

Ao mesmo tempo, a presidente defendeu a incineração dos corpos dos falecidos pelo ebola como a melhor opção para prevenir novos contágios.

Perante as reservas de alguns, Johnson-Sirleaf pediu aos parentes dos falecidos que compreendam que a incineração contribui para evitar a propagação do vírus, e anunciou que os nomes daqueles que forem incinerados serão gravados em um memorial.

Enquanto isso, o congressista americano Christopher Smith declarou, depois de se reunir com a ministra das Relações Exteriores da Libéria, Augustine Ngafuan, que os EUA se envolverão no financiamento da luta contra o vírus na África Ocidental.

A Libéria é um dos países mais afetados pelo surto do vírus do ebola que tirou centenas de vidas na África Ocidental. Esta é a primeira vez que se identifica e se confirma uma epidemia de ebola na África Ocidental, pois até agora sempre tinham ocorrido na África Central.

Com informações da AFP e EFE.

Foto: Arte Terra

Fonte: Terra
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