PUBLICIDADE

Mundo

1ª eleição no Iraque após derrota do EI deve eleger xiita

Lista de Moqtada al-Sadr lidera apuração no país

14 mai 2018 - 19h20
(atualizado às 20h13)
Compartilhar
Exibir comentários
Eleições no país foram marcadas por supostas irregularidades de votação.
Eleições no país foram marcadas por supostas irregularidades de votação.
Foto: EPA / Ansa - Brasil

As eleições no Iraque, ocorridas no último sábado (12) e marcadas por suspeitas de irregularidades na votação, devem dar a vitória a grupos xiitas - majoritários no país -, na primeira votação após a derrota do Estado Islâmico, formado por extremistas sunitas.

Dentre os candidatos em vantagem para assumir o cargo de primeiro-ministro está Moqtada al-Sadr (Aliança das Reformas Revolucionárias), filho de um líder xiita assassinado durante o governo de Saddam Hussein, em 1999.

Em segundo lugar na apuração está o bloco político ligado aos militares que lutaram contra o EI e que combateram ao lado de forças iranianas durante o regime de Hussein, comandado por Hadi al-Amiri (Conquista).

Já na terceira posição está a lista do atual premier do país, Haider Al-Abadi (Vitória), que não deve ser reeleito.

Ainda nesta segunda-feira (14), Abadi solicitou às forças de segurança do Iraque que mantenham a "paz" e a "neutralidade" nas regiões de Kirkuk e no Curdistão, locais com denúncias de possíveis fraudes eleitorais.

No entanto, o secretário-geral da ONU, António Guterres, parabenizou o país pela votação. "Após a derrota militar do EI, as eleições representam um progresso adicional na construção de uma democracia mais forte", afirmou, através de uma nota.

Guterres ainda convidou "todos os outros atores políticos no país a suportarem a paz e a resolver eventuais controvérsias eleitorais através de canais legais, formando um governo inclusivo o mais rápido possível".

Ele também disse que "as Nações Unidas permanecem empenhadas em sustentar um governo e o povo iraquiano nesse esforço".

A corrida eleitoral no Iraque também foi marcada por recorde de abstenções. Somente 44% dos convocados compareceram às urnas, cifra mais baixa na época pós-Saddam.

Veja também

Vulcão abre crateras enormes no Havaí:
Ansa - Brasil   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade