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Mulher passa por quimioterapia por diagnóstico errado de câncer e será indenizada

Troca de amostras em biópsia levou paciente a enfrentar tratamento agressivo por um tumor que não era maligno; Justiça determinou indenização por danos morais a ela e ao marido

16 out 2025 - 18h09
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Uma mulher de Chapecó, em Santa Catarina, viveu uma experiência traumática ao ser diagnosticada, de forma equivocada, com câncer de mama e iniciar um tratamento oncológico agressivo sem necessidade. A falha médica resultou em três meses de sofrimento físico e psicológico, com impactos também sobre sua vida pessoal e familiar. Após a confirmação do erro, ela e o marido recorreram à Justiça, que determinou o pagamento de uma indenização por danos morais no valor total de R$ 95 mil.

Mulher passa por quimioterapia por diagnóstico errado de câncer e será indenizada (Divulgação)
Mulher passa por quimioterapia por diagnóstico errado de câncer e será indenizada (Divulgação)
Foto: Contigo

O caso começou em setembro de 2022, quando a paciente realizou uma biópsia para investigar um nódulo mamário. O resultado apontou erroneamente a presença de um câncer maligno. Sem saber da troca de amostras, os médicos iniciaram rapidamente o protocolo de quimioterapia, acreditando tratar-se de um tumor agressivo que exigia ação imediata.

Durante esse período, a mulher enfrentou todos os efeitos colaterais típicos da quimioterapia, como vômitos, fadiga extrema e queda de cabelo — o que afetou profundamente sua autoestima e rotina diária. Além disso, foi submetida à implantação de um cateter venoso central (port-a-cath), utilizado para facilitar a aplicação do tratamento intravenoso, e que deixou uma cicatriz visível.

Somente em novembro de 2022, após nova análise patológica, veio a confirmação de que o tumor retirado não era maligno. Tratava-se, na verdade, de um tumor phyllodes benigno — uma lesão que, embora rara, não exigia quimioterapia e poderia ter sido tratada de maneira muito menos invasiva.

Segundo a sentença do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), a confusão foi provocada por uma troca de amostras durante a análise laboratorial. Esse erro grave levou à adoção de um tratamento não apenas desnecessário, mas com potencial de causar sérias consequências à saúde física e emocional da paciente.

A Justiça entendeu que houve falha grave na prestação do serviço de saúde, destacando o abalo psicológico vivenciado pela mulher e os efeitos colaterais que ela sofreu em decorrência de um tratamento que jamais deveria ter sido iniciado. O juiz do caso determinou que a cooperativa médica responsável pelo exame deveria pagar R$ 75 mil à paciente e outros R$ 20 mil ao marido dela — este último valor referente a danos morais reflexos, em reconhecimento ao sofrimento compartilhado e à angústia vivida pela família.

O processo também determinou que a indenização deveria ser corrigida com juros desde a data do primeiro laudo incorreto, em setembro de 2022. A cooperativa médica chegou a recorrer da decisão, mas teve seu recurso negado, e a condenação foi mantida integralmente.

O caso evidencia os riscos de erros em exames laboratoriais e reforça a importância de protocolos rigorosos na manipulação de amostras, especialmente em diagnósticos de doenças graves como o câncer. Além disso, destaca como o erro médico pode afetar não apenas a saúde física do paciente, mas também sua estabilidade emocional, relações familiares e qualidade de vida.

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Uma publicação compartilhada por Luiz Bacci (@luizbacci)

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