Maior eclipse solar da história tem data marcada e promete espetáculo raro
O eclipse solar total mais longo já previsto pela astronomia moderna acontecerá em 16 de julho de 2186, segundo a Nasa. A duração estimada do fenômeno é de 7 minutos e 29 segundos de escuridão total, o que o torna o mais extenso do tipo já registrado em milênios. O cálculo foi feito com base em simulações precisas, que permitem antecipar esse tipo de evento com grande margem de confiança.
A faixa de sombra causada pela Lua passará por regiões da Colômbia, Venezuela e Guiana. Embora não esteja na rota principal, o Brasil também poderá observar o eclipse — de forma parcial — em todas as regiões do território nacional, conforme a plataforma Time and Date.
Esse tipo de eclipse acontece quando a Lua se posiciona exatamente entre a Terra e o Sol, bloqueando parcial ou totalmente a passagem da luz solar. A depender da configuração orbital no momento do fenômeno, ele pode ser total, parcial ou anular.
Já houve fenômeno parecido?
Até hoje, o eclipse solar total mais longo de que se tem registro ocorreu em 15 de junho de 743 a.C.. Naquela ocasião, a escuridão foi visível no Oceano Índico, próximo às atuais costas do Quênia e da Somália. As informações também foram divulgadas pela Nasa.
A agência espacial norte-americana realiza esse tipo de previsão com o auxílio de leis físicas formuladas por Isaac Newton. A partir de dados sobre a movimentação da Terra e da Lua, os astrônomos simulam, com ajuda de computadores, os alinhamentos que geram eclipses. A margem de erro é inferior a um minuto, mesmo em cálculos que se estendem por séculos.
Durante eclipses totais, a chamada coroa solar — camada mais externa do Sol — torna-se visível. Esse momento é fundamental para estudos sobre a liberação de energia da estrela, cujos ventos podem interferir no funcionamento de satélites, redes de energia e sistemas de comunicação na Terra.