Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Lula prepara viagem aos EUA depois de confronto verbal com Trump

15 set 2025 - 10h22
Compartilhar
Exibir comentários

O Palácio do Planalto prepara os últimos detalhes para a próxima viagem internacional de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente desembarcará em Nova York na semana que vem para participar, pela terceira vez neste mandato, da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O encontro é considerado um dos pontos centrais de sua agenda externa. Desde que assumiu o cargo pela primeira vez, Lula só faltou ao evento em 2010, quando priorizou a campanha que levou Dilma Rousseff ao Planalto e enviou o então chanceler Celso Amorim em seu lugar.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Foto: Reprodução/Youtube/Lula / Perfil Brasil

Neste ano, a reunião da ONU ocorre em 23 de setembro. Além da ausência de compromissos eleitorais em 2025, a ocasião ganha peso por anteceder a COP30, marcada para novembro em Belém, primeira cidade amazônica a sediar o encontro climático global.

No dia seguinte, em 24 de setembro, a organização sediará a Cúpula do Clima. Os países deverão apresentar suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), planos que tratam da redução das emissões de gases e da adaptação às mudanças climáticas. O Brasil, tradicionalmente, abre os discursos da Assembleia, papel que Lula desempenhou em 2023 e 2024.

Relação com os EUA em crise?

A viagem ocorre em meio ao período mais delicado da relação entre Brasília e Washington. O governo do presidente Donald Trump impôs tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros como retaliação ao processo que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.

Além das tarifas, autoridades norte-americanas revogaram vistos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e aplicaram a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes. A medida bloqueia contas e transações financeiras do magistrado em instituições sujeitas às regras dos EUA.

Em artigo publicado no New York Times neste domingo, Lula enviou um recado direto: o Brasil "continua aberto a negociar qualquer coisa que possa trazer benefícios mútuos". No entanto, destacou que a "democracia e a soberania do Brasil não estão em pauta".

O texto também serviu para rebater críticas de Washington, que classificou a condenação de Bolsonaro como uma "caça às bruxas". Lula saiu em defesa do Supremo e disse ter orgulho da "decisão histórica" que, segundo ele, "salvaguarda nossas instituições e o Estado Democrático de Direito".

Na semana passada, Bolsonaro e outros sete acusados, apontados como parte do núcleo da tentativa de golpe, foram condenados pela Primeira Turma do STF. A reação dos Estados Unidos veio em tom de ameaça: o governo prometeu "resposta adequada" ao que chamou de "caça às bruxas" contra a oposição.

Perfil Brasil
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade