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DINO

Levantamento do Observatório de Oncologia traça retrato do câncer no Brasil em 30 anos

2017 - 2047: Em 30 anos, venceremos a Guerra Contra o Câncer?

11 jul 2017 - 15h34
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A partir de 2029, haverá mais brasileiros, entre homens, mulheres e crianças, que morrerão com algum tipo de câncer. Desde 1975 até hoje, quando o Ministério da Saúde desenvolveu e implantou o Sistema de Informações sobre Mortalidade - conhecido como SIM -, as doenças do aparelho circulatório são a principal causa de óbitos no Brasil.

Foto: DINO

A taxa de mortalidade estima o risco de morte pela doença ou grupo de doenças. Dimensiona também a sua magnitude como problema de saúde pública, especificamente para os casos mais graves. Expressa ainda as condições de diagnóstico e da assistência médica.

A mudança no processo saúde-doença propicia ao Brasil um período de transição epidemiológica com predomínio das doenças crônicas não transmissíveis, dentre elas o câncer. A melhor forma para mensurar o peso de uma causa de morte não é conferida pelo estudo de suas características nos indivíduos, mas sim quanto ao processo que ocorre na coletividade humana.

Este estudo comprova que a história, a cultura e os hábitos de vida explicam como um povo adoece e morre. Todos os dias estamos expostos a fatores de risco como alimentação inadequada, inatividade física, sobrepeso, tabagismo, uso excessivo de drogas e fatores externos ao nosso corpo como violência, acidentes, problemas ambientais e desigualdades sociais.

Neste estudo do Observatório de Oncologia, a projeção de mortalidade foi realizada ao longo do tempo entre os anos de 2000 e 2047. Assim, a pergunta que desafia a todos os cidadãos brasileiros é: daqui a 30 anos teremos vencido a guerra contra o câncer?

"As estimativas alertam que, em 2047, nos estados do Amapá, Ceará, Maranhão, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e Tocantins, as principais causas de morte serão oriundas das causas externas, como acidentes, suicídios, agressões, complicações médicas", destaca o pesquisador do Observatório de Oncologia, Tiago Cepas Lobo. Nos estados de Goiás, Roraima e Tocantins, o câncer será a segunda maior causa de morte.

Em Alagoas e Mato Grosso do Sul, as doenças do aparelho circulatório seguem como principal causa de morte em 2047. Entretanto, no segundo estado, as neoplasias seguem como a segunda maior causa de morte.

No Paraná, o câncer será a principal causa de morte em 2030, porém as doenças do sistema nervoso ultrapassarão esse índice para se tornar a primeira causa de morte em 2044. Em 2031, o câncer se tornará a maior causa de morte em Minas Gerais. Mas, em 2044, as doenças do aparelho geniturinário se tornarão a primeira causa de morte neste estado.

De acordo com as estimativas, se não houver medidas efetivas na prevenção e controle do câncer, os seguintes estados enfrentarão as neoplasias como principal causa de morte: Acre (2028), Amazonas (2047), Espírito Santo (2042), Mato Grosso (2044), Rio Grande do Sul (2029), Rondônia (2046), Santa Catarina (2025) e São Paulo (2041).

Observatório de Oncologia

O Observatório de Oncologia, iniciativa do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, é uma plataforma online e dinâmica de monitoramento de dados abertos e compartilhamento de informações relevantes da área de oncologia do Brasil.

As principais bases de dados são do Ministério da Saúde, do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São utilizadas informações sobre incidência de câncer, atendimentos ambulatoriais, internações hospitalares e mortalidade. Os dados apresentados abrangem dimensões demográfica, epidemiológica, de assistência à saúde, de rede assistencial, entre outras.

http://observatoriodeoncologia.com.br

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