Com a postura de buscar o relacionamento tanto com judeus como muçulmanos ao longo de seus dois mandatos, Lula se colocou como possível mediador do conflito no Oriente Médio. Apesar das críticas aos encontros com líderes polêmicos, como o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e o presidente da Líbia, Muamar Kadafi, Lula não fechou as portas a Israel, fazendo a primeira viagem oficial de um presidente brasileiro à Terra Santa, em março deste ano.
Em abril, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) solicitou a "intervenção" do Brasil, da Índia e da África do Sul nas negociações para a solução do conflito na região. Em novembro, a pedido do presidente da ANP, Mahmoud Abbas, Lula enviou uma carta em que reconhecia o Estado Palestino nas fronteiras de 1967, incluindo os territórios ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias.
A medida foi alvo de críticas por parte do governo israelense e de legisladores americanos, que a classificaram de "extremamente imprudente" e "lamentável". "Israel lamenta e expressa sua decepção depois da decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotada um mês antes de passar o poder para a presidente eleita Dilma Rousseff", diz um comunicado do ministério de Relações Exteriores israelense.
