A escolha da Argentina como destino da primeira viagem de Lula como presidente eleito, ainda em dezembro de 2002, não foi por acaso: ao longo dos oito anos de seu governo, Lula fortaleceu as relações com os países vizinhos e se posicionou como o principal líder da América Latina.
Lula foi um dos articuladores da aproximação da Venezuela com o Mercosul e intermediou a solução de crises diplomáticas entre o líder venezuelano, Hugo Chávez, e o ex-presidente colombiano, Álvaro Uribe, e entre este e o presidente equatoriano, Rafael Correa.
Lula também teve papel de destaque após o golpe de Estado que derrubou o presidente hondurenho, Manuel Zelaya, em junho de 2009. Depois de ser obrigado a deixar Honduras, Zelaya retornou ao país em setembro de 2009 e se refugiou na embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde ficou por cerca de quatro meses. No período, Zelaya pediu a intervenção de Lula para negociar uma possível volta ao poder, que acabou inviabilizada pela eleição de Porfírio Lobo no fim do ano passado.
