Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Indisponibilidade na nuvem da Amazon: qual foi a causa?

Falha na Amazon Web Services (AWS) afetou sistemas de banco de dados e servidores virtuais, impactando aplicativos e sites em diversos países

20 out 2025 - 20h33
Compartilhar
Exibir comentários

Uma interrupção na Amazon Web Services (AWS), o braço de computação em nuvem da Amazon, gerou instabilidade generalizada em múltiplos sites e aplicativos nesta segunda-feira (20). Serviços amplamente utilizados, incluindo iFood, Mercado Livre e PicPay, estavam entre os afetados pelo incidente.

Amazon Web Services (AWS)
Amazon Web Services (AWS)
Foto: Cesc Maymo/ Getty Images / Perfil Brasil

A AWS identificou o início da perturbação às 4h11 (horário de Brasília). O problema foi rastreado até os sistemas de banco de dados e os servidores virtuais utilizados pelas empresas clientes do serviço de nuvem.

Em uma nota oficial, a AWS comunicou que a falha no sistema de banco de dados foi "totalmente mitigada" às 6h24. No entanto, a empresa reportou que os clientes continuavam a enfrentar desafios relacionados aos servidores virtuais. Relatórios da plataforma Downdetector, que acompanha interrupções em serviços online, indicaram que a instabilidade persistiu em muitas empresas durante o período da tarde.

Segundo o g1, a computação em nuvem representa uma alternativa à manutenção de equipamentos próprios pelas empresas. As informações armazenadas na "nuvem" residem, de fato, em centros de dados operados por terceiros. Enquanto usuários individuais podem utilizar serviços como Google Fotos ou iCloud, empresas podem optar por plataformas como AWS, Azure, Google Cloud, Oracle e IBM.

A AWS foi criada em 2002 para atender às necessidades internas da Amazon. Atualmente, a plataforma fornece uma gama de serviços a terceiros, incluindo hospedagem de sites, gestão de bancos de dados e processamento de sistemas de inteligência artificial.

De acordo com a agência de notícias Reuters, mais de 500 companhias que dependem da AWS sofreram impactos com a interrupção dos serviços.

Causa da interrupção na AWS

A AWS informou que a origem do incidente foi localizada na região denominada US-EAST-1, que corresponde ao seu conjunto de data centers situado no norte da Virgínia, nos Estados Unidos. A empresa opera um total de 38 regiões de data centers distribuídas globalmente, com uma delas localizada no Brasil.

Durante a madrugada daquela segunda-feira, foram observadas "taxas de erro significativas" no DynamoDB. Este é o sistema de banco de dados da AWS que opera nessas regiões de data centers, sendo projetado especificamente para aplicações que demandam alta velocidade e estabilidade operacional. O sistema é capaz de processar grandes volumes de dados e múltiplas requisições por segundo, sem exigir que o usuário realize configurações manuais de servidores.

A falha no DynamoDB foi identificada no processo de resolução de DNS (Domain Name System). Esta função é responsável por traduzir "nomes de domínio" (como "site.com.br") em endereços numéricos (endereços de IP), que são os códigos interpretados pelos computadores.

Adicionalmente, as empresas enfrentaram dificuldades ao tentar criar novos servidores virtuais no serviço Elastic Compute Cloud (EC2). O EC2 é reconhecido por sua funcionalidade "elástica", permitindo que os clientes aumentem ou diminuam a capacidade de execução de seus sistemas conforme a necessidade do momento.

A AWS reportou que observou indícios de recuperação após a implementação de medidas corretivas para os problemas do EC2 e que ações similares estavam sendo aplicadas nas demais localidades que ainda apresentavam instabilidade.

As falhas iniciais afetaram outras funcionalidades dentro da plataforma AWS. Por volta das 18h30, 76 recursos da plataforma ainda exibiam algum grau de instabilidade. Outros 66 serviços constavam como resolvidos na página oficial de status da plataforma.

O alcance da interrupção é atribuído, em parte, ao fato de que a região de data centers US-EAST-1 é uma das mais importantes na arquitetura global da AWS. Foi este o primeiro local a entrar em operação, em 2006.

Thiago Ayub, diretor de tecnologia da Sage Networks, explicou que "muitas empresas que utilizam a nuvem da companhia desde o início ainda mantêm seus serviços hospedados lá, o que justifica o impacto global", segundo o g1.

Ayub argumentou que, mesmo após incidentes anteriores de porte semelhante - como uma falha da CrowdStrike em julho de 2004 que comprometeu sistemas em hospitais, bancos e aeroportos -, grandes empresas não têm se preparado adequadamente. Ele sugere que a distância entre os incidentes leva técnicos e gestores a "subestimar o risco e deixar de adotar medidas de backup e redundância para evitar o mesmo problema no futuro".

Vantagens da adoção da nuvem

Um dos atrativos da utilização de serviços de nuvem é a simplificação da infraestrutura do cliente, prática conhecida como outsourcing (terceirização). O cliente se exime da responsabilidade pela manutenção de equipamentos e pode focar exclusivamente na operação de seu ambiente virtual.

Outra vantagem é a possibilidade de dispor de infraestrutura desde as fases iniciais de um projeto, sem a necessidade de um investimento inicial elevado. No modelo de nuvem, as empresas alugam equipamentos e capacidade de terceiros, em vez de comprá-los.

Clientes de nuvem também têm a opção de contratar capacidade variável. Isso significa que podem aumentar ou reduzir o uso de recursos de processamento conforme a demanda. Uma loja online, por exemplo, pode expandir sua capacidade durante picos de vendas, como na Black Friday.

Adicionalmente, as empresas podem replicar dados em vários centros das provedoras de computação em nuvem. Este recurso permite a criação de cópias de segurança (backups) em locais distintos e proporciona acesso mais rápido aos dados para usuários de serviços de streaming e jogos online.

Serviços com instabilidade relatada

A agência Reuters e o site Downdetector informaram que mais de 4 milhões de usuários reportaram problemas em diversos serviços. A lista de serviços que apresentaram instabilidade incluiu: Alexa, Amazon, Banco Pan, Canva, Claro, Clash of Clans, Clash Royale, Coinbase, Fortnite, HBO, iFood, Lyft, Mercado Livre, Mercado Pago, OLX, Perplexity, PicPay, Pinterest, Prime Video, Roblox, Robinhood, Roku, Signal, Snapchat, Stone, Wellhub e Zoom.

Perfil Brasil
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade