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Homem-bomba agiu sozinho em ataque ao STF, conclui PF

29 abr 2025 - 16h28
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A Polícia Federal concluiu que o atentado a bomba em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrido em novembro do ano passado, foi executado de forma solitária por Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos. Segundo a investigação, ele agiu sem apoio logístico ou financeiro de terceiros, e o crime teve como base motivações extremistas de natureza política.

Policiais e bombeiros isolam a Praça dos Três Poderes após explosão em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF)
Policiais e bombeiros isolam a Praça dos Três Poderes após explosão em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF)
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado / Perfil Brasil

"Foram utilizados diversos meios de prova, com destaque para a análise das comunicações e dos dados bancários e fiscais; exames periciais em todos os locais vinculados aos fatos; reconstituição cronológica das ações do autor antes e durante o atentado; além da oitiva de mais de uma dezena de testemunhas", informou a PF. O resultado das investigações já foi encaminhado ao Supremo.

O extremismo político levou Francisco ao ataque ao STF?

Em relatório separado, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apontou que Francisco estava em Brasília desde julho de 2024. Antes do ataque, ele acionou artefatos explosivos tanto na Praça dos Três Poderes quanto nas proximidades da Câmara dos Deputados. Durante as investigações, foram coletadas diversas publicações em seu perfil no Facebook, nas quais ele "anunciava ataques e manifestava ódio contra autoridades constituídas".

Natural de Rio do Sul (SC), cidade com cerca de 72 mil habitantes, Francisco Wanderley Luiz era conhecido como empresário do ramo de eventos. Sua aproximação com temas políticos ganhou força após a eleição de Jair Bolsonaro, em 2018, e se radicalizou com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. As redes sociais do empresário passaram a exibir bandeiras nacionais, elogios a símbolos militares e críticas ao comunismo.

Chamado de França entre amigos, o empresário inaugurou várias discotecas nos anos 1980. Apesar da trajetória no entretenimento, seus últimos anos foram marcados pela disseminação de mensagens de cunho extremista, inclusive com visita ao STF em agosto de 2024, quando publicou: "Deixaram a raposa entrar dentro do galinheiro (chiqueiro) ou não sabem o tamanho das presas ou é burrice mesmo. Provérbios 16:18 (A soberba precede a queda)".

Nos meses que antecederam o atentado, Francisco intensificou publicações com mensagens próprias no WhatsApp, em que classificava o Brasil como "um país socialista e comunista". Em uma dessas postagens, afirmou que entregaria a própria vida para que "as crianças cresçam com liberdade" e aderiu a teorias conspiratórias promovidas pelo grupo de extrema direita QAnon.

Para se estabelecer em Brasília, alugou uma quitinete de 25 metros quadrados na Ceilândia, a cerca de 30 quilômetros do centro. No banheiro do imóvel, escreveu com batom vermelho uma mensagem direcionada à pichadora Débora Rodrigues, presa após os atos de 8 de janeiro: "Debora Rodrigues. Por favor, não desperdice o batom. Isso é para deixar as mulheres bonitas, estátua de merda se usa TNT", em referência ao episódio em que ela pichou "perdeu, mané" na estátua da Justiça.

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