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Guilherme Mazieiro

Janja é meu farol, se preocupa com a camisa que uso e vive política 24h por dia, diz Lula

Presidente fez elogios à primeira-dama que nos bastidores é criticada por assessores do governo pela sua atuação política

23 jan 2024 - 12h04
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Janja, primeira-dama, recebeu honraria do presidente Lula. Na foto, os dois em evento no Palácio do Planalto no fim de outubro
Janja, primeira-dama, recebeu honraria do presidente Lula. Na foto, os dois em evento no Palácio do Planalto no fim de outubro
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

O presidente Lula (PT) fez elogios à primeira-dama, Janja da Silva, e disse que ela é um “farol” para ele. Em entrevista à rádio Metrópole, da Bahia, nesta terça, 23, o petista defendeu a participação da esposa na política.

"A Janja é o meu farol, aquele farol que guia. Quando tem coisa errada, ela me chama a atenção. Quando tem alguma coisa no jornal errada, ela me chama a atenção. Quando tem alguma coisa na rede, ela me chama a atenção. Às vezes ela fala coisas para mim que a minha assessoria não fala. E isso, obviamente, me ajuda”, afirmou.

Desde a campanha à Presidência, parte dos assessores do entorno de Lula se incomoda com a participação de Janja. São críticas que não são expostas publicamente e carregam, muitas vezes, concepções machistas pela participação feminina e incômodo com o destaque que ela possui. A primeira-dama tem histórico de militância e defende maior participação feminina na política.

“Ela levanta de manhã e está preocupada com a camisa que eu uso, com meu rosto, com meu cabelo. É muito bom. E depois, ela é preocupada com a política. Ela vive a política 24 horas por dia. Ela é muito interessada na questão social, ambiental, da sustentabilidade, na questão das mulheres”, disse Lula.

O mandatário disse que, justamente por ser sua esposa e militante, ela tem que falar sobre política.

“Você não tem noção de como ela me cobra quando o Stuckinha [Ricardo Stuckert, fotógrafo de Lula e secretário de Comunicação da Presidência] tira uma fotografia minha e só tem homens. Quando ela vê a foto, fica horrorizada [e pergunta] ‘por que só tinha homem?’. E às vezes a maioria é homem mesmo, fazer o quê?”, disse.

Ano passado, durante a cerimônia de abertura do 2º Encontro Nacional de Mulheres Quilombolas, Janja rebateu críticas sobre sua participação política:

“As mulheres têm que estar mais e mais nos ambientes de poder. É por isso que eu estou ao lado do presidente Lula. Às vezes, me perguntam: ‘Você não se mete demais?’ Eu não me meto. Eu apenas falo”, disse ela.

Na entrevista desta terça, Lula disse que as discussões com Janja cessam quando não estão de acordo “porque a gente não quer brigar. Porque tudo sempre termina em muita paz, muito carinho, muito amor”.

Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
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