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Governo da Venezuela desaprova presença naval dos EUA em Trinidad e Tobago

Em comunicação oficial, o governo venezuelano classificou o envio da embarcação como uma "provocação militar de Trinidad e Tobago, em coordenação com a CIA".

26 out 2025 - 21h39
(atualizado às 21h44)
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O governo da Venezuela expressou uma posição de desaprovação em relação à presença de um navio de guerra dos Estados Unidos na nação insular de Trinidad e Tobago. O arquipélago está localizado a uma curta distância da costa venezuelana, o que elevou a percepção de uma ameaça militar por parte de Caracas.

USS Gravely
USS Gravely
Foto: Miguel J. Rodríguez Carrillo/Getty Images / Perfil Brasil

Em comunicação oficial, o governo venezuelano classificou o envio da embarcação como uma "provocação militar de Trinidad e Tobago, em coordenação com a CIA". A vice-presidente venezuelana, Delcy Rodriguez, adicionou que a Venezuela teria efetuado a captura de um grupo de mercenários. De acordo com Rodriguez, esse grupo operava "com informações diretas da agência de inteligência americana" com o propósito de executar um ataque de bandeira falsa na região.

O navio de guerra, identificado como USS Gravely, é um destróier capaz de lançar mísseis. Sua chegada ocorre em meio à intensificação da pressão exercida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O governo de Trinidad e Tobago havia feito o anúncio da chegada da embarcação na quinta-feira (23). O país caribenho, que tem uma população de 1,4 milhão de habitantes, está situado a aproximadamente dez quilômetros da ponta ocidental da Venezuela.

O cronograma estabelecido indica que o destróier permanecerá ancorado em Port of Spain, capital de Trinidad e Tobago, até a próxima quinta-feira, 30 de outubro. Durante este período, está previsto que uma unidade de fuzileiros navais norte-americanos participe de um treinamento conjunto com as forças de defesa locais.

Moradores da ilha manifestaram opiniões divergentes sobre a presença naval. Uma residente de 52 anos, que não forneceu seu sobrenome, declarou que o envio do navio seria justificado "para ajudar a limpar os problemas de drogas que estão no território venezuelano". A mesma pessoa acrescentou que a ação ocorreria "por uma boa causa" e que "muitas pessoas serão libertadas da opressão" e do "crime".

As relações diplomáticas entre Caracas e Port of Spain têm sido marcadas por divergências. A primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, que assumiu o cargo em maio de 2025, tem adotado um posicionamento de apoio ao presidente Trump. O governo dela tem se manifestado de forma crítica em relação à imigração venezuelana e à criminalidade em seu país. Caracas, por sua vez, acusa a nova administração trinitária de atuar em favor dos interesses de Washington.

Como resposta ao que considera ser uma escalada na pressão militar, a Venezuela realizou exercícios militares no sábado, com foco na proteção de seu litoral. O objetivo declarado dos exercícios é prevenir eventuais "operações encobertas" que, segundo o governo, teriam a aprovação do governo dos EUA. O ministro da defesa venezuelano, Vladimir Padrino, informou que os militares foram enviados para a defesa costeira. O exercício, iniciado 72 horas antes de seu comunicado, visava proteger o país "não apenas das ameaças militares em larga escala, mas também do narcotráfico, das ameaças terroristas, das operações encobertas que procuram desestabilizar o interior do país". O presidente Maduro, em manifestação pública, declarou que os Estados Unidos estariam "inventando uma guerra" contra a nação sul-americana. O aumento da presença militar estrangeira na região mantém o foco na dinâmica de segurança do Caribe.

Perfil Brasil
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