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Entidades ligadas ao ETA não foram impedidas de participar

Sexta, 01 de fevereiro de 2002, 17h38


Duas entidades ligadas ao grupo separatista basco ETA (Euskalerria Ta Askatasuna - País Basco e Liberdade)estão participando ativamente do 2º Fórum Mundial Social. Uma delas é o sindicato Langile Abertzaleen Batzordeak (LAB), que realizou hoje uma oficina no prédio 12 da PUC sobre Globalização na perspectiva de gênero. A outra é o partido político Batasuna, cuja inscrição pode ser conferida no site do Fórum (no endereço https://inscricoes.forumsocialmundial.org.br/content/index.php?page=listaorg&novo_idioma=1). Ali, sob o número 644, constam o pagamento da inscrição de três delegados e que a organização indicou mais quatro nomes.

Embora a comissão organizadora tenha afirmado que organizações ligadas ao terrorismo não seriam aceitas, as duas integrantes da comissão executiva do LAB, Itziar Lopetegi - também secretária da área de Mulher - e Ainhoa Etxaide garantiram que não tiveram problemas no credenciamento nem foram procuradas pela organização do Fórum em nenhum momento para prestar qualquer tipo de esclarecimento. Isidro Esdaola, responsável pela área sócio-econômica do partido Batasuna, afirmou o mesmo.

O discurso dos três é praticamente idêntico. Consideram legítima a participação de suas organizações no evento, negam ter qualquer envolvimento com o grupo separatista basco. Compartilham do seu desejo de independência, mas dizem escolher "outros métodos de luta".

À pergunta direta sobre sua vinculação ao ETA, respondem com um sorriso e dizem não saber de onde vem esta informação. Segundo Esdaola, quando ocorrem os atentados perpetrados pelo grupos basco o partido não se manifesta para condenar tais atos porque não é o seu papel. "Não condenamos porque compreendemos que existe uma luta política e uma situação que vai se deteriorando. Também não aplaudimos, mas queremos que a luta termine, e nosso caminho é a solução política", tenta justificar.
Pretendem participar amanhã de outra oficina, que vai falar sobre Direito de autodeterminação - um direito humano contra a globalização neo-liberal. Esdaola contou ainda que o partido vai assistir à palestra de Chomsky sobre "Um mundo sem guerras" e apresentar um plano de paz para o país basco. "Nosso partido é legal em nosso país. Não vejo porque não poderíamos estar aqui", disse.

O juiz espanhol Baltasar Garzón, que participou do Fórum de Autoridades Locais no dia 30 e trabalha ativamente para desmantelar o grupo terrorista, afirmou que o ETA se sustenta com fundos do partido político Batasuna, do grupo Gestoras pro Amnistía, do sindicato LAB e do Askapena. No ano passado, o Terra já havia denunciado a participação de agrupações próximas ao ETA no Fórum.

Leia mais:
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Eva Mothci/Direto de Porto Alegre

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