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Federação Paulista apresenta propostas para o mercado de bebidas após crise do metanol

A Fhoresp propõe dez ações, incluindo a criação de um Observatório Nacional do Mercado de Bebidas, e projeta a recuperação do faturamento do setor de alimentação fora do lar nas próximas semanas

25 out 2025 - 11h30
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A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) publicou, nesta semana, uma análise sobre a situação do setor em decorrência da adulteração de bebidas alcoólicas pela adição de metanol. Por meio de uma nota técnica, a entidade também sugeriu dez medidas para combater as ações ilegais, destacando a criação de um Observatório Nacional do Mercado de Bebidas. Com o avanço das investigações conduzidas pelas autoridades fiscalizadoras e pela Polícia Civil, em particular no estado de São Paulo, a Federação projeta a retomada do movimento nos estabelecimentos nas próximas semanas.

Estimativa de faturamento para este ano no Brasil, mesmo com a diminuição do fluxo devido aos casos de intoxicação, é de R$ 668 bilhões
Estimativa de faturamento para este ano no Brasil, mesmo com a diminuição do fluxo devido aos casos de intoxicação, é de R$ 668 bilhões
Foto: Canva Fotos / Perfil Brasil

O segmento de Alojamento e de Alimentação Fora do Lar, que engloba bares e restaurantes - os mais atingidos pela crise do metanol no último mês -, representa uma parcela relevante da economia brasileira. Segundo o Núcleo de Pesquisa e Estatística da Fhoresp, sob a coordenação do economista Luis Carlos Burbano, a estimativa de faturamento para este ano no Brasil, mesmo com a diminuição do fluxo devido aos casos de intoxicação, é de R$ 668 bilhões, o que representa um crescimento de 7,1% em comparação com o ano de 2024.

Edson Pinto, diretor-executivo da Federação, que representa mais de 500 mil estabelecimentos paulistas e 20 sindicatos patronais, afirmou que a colaboração entre o setor e o governo paulista, por meio de fiscalização e regulamentações mais estritas, deve promover uma mudança no comércio e na circulação de bebidas.

O diretor declarou que a Fhoresp se colocou à disposição das autoridades e do mercado desde o início, apresentando soluções para coibir as ilegalidades. Ele ressaltou que o setor é o principal interessado em solucionar a contaminação, pois as consequências desse problema são graves. Pinto refletiu que a adição de metanol é um sinal de uma questão estrutural mais complexa, indicando que o controle de bebidas no Brasil precisa de aperfeiçoamento.

Entre as dez propostas da nota técnica para coibir as ilegalidades em destilados e fermentados, a Federação sugere a criação do Observatório Nacional do Mercado de Bebidas. A gestão do órgão seria realizada pela própria Fhoresp, em conjunto com a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) e o Ministério do Meio Ambiente e Pecuária, e em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e universidades. O objetivo é o monitoramento dos indicadores econômicos e sanitários do segmento.

A Federação paulista de Hotéis, Restaurantes e Bares também sugere a instituição de um Sistema Nacional de Rastreabilidade e Controle de Bebidas e a implementação de logística reversa das garrafas, para impedir o reuso dos vasilhames vazios na rede de pirataria.

Os incidentes de adulteração de bebidas provocaram uma redução de cerca de 26% no movimento de bares e casas noturnas no estado de São Paulo entre o final de setembro e o início de outubro. A Fhoresp acredita que, com o andamento das investigações da Polícia Civil e o desmantelamento dos esquemas de distribuição de alcoólicos adulterados, a confiança do consumidor será restaurada.

Edson Pinto afirmou que o setor registrou a queda, o que é compreensível, pois as pessoas evitaram o consumo de bebidas por receio de contaminação. Clientes deixaram de frequentar os estabelecimentos ou substituíram os destilados por outras bebidas. No entanto, ele prevê que a segurança para o consumidor está sendo restabelecida. As próximas semanas devem apresentar uma melhora no faturamento, antecipando um aquecimento para as festividades de fim de ano e o verão, períodos com maior número de confraternizações.

Perfil Brasil
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