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Ex-assessor de Bolsonaro confessa ter sido autor de plano para matar Lula, Alckmin e Moraes

25 jul 2025 - 09h59
(atualizado às 10h02)
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Em depoimento prestado nesta quinta-feira (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF), Mário Fernandes, general da reserva do Exército e ex-assessor do governo Bolsonaro, confessou ter escrito o documento conhecido como "Punhal Verde e Amarelo". O texto previa o assassinato de autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

General Mario Fernandes tirou selfie em acampamento golpista em 2022
General Mario Fernandes tirou selfie em acampamento golpista em 2022
Foto: Reprodução/ PF / Perfil Brasil

Segundo o militar, o conteúdo se tratava de uma análise pessoal e não chegou a ser compartilhado. "É um arquivo digital. Nada mais retrata do que um pensamento meu que foi digitalizado. Um compilado de dados, um estudo de situação meu, uma análise de riscos que eu fiz e, por costume próprio, resolvi digitalizar. Não foi mostrado a ninguém, não foi compartilhado com ninguém. Hoje me arrependo de ter digitalizado isso", declarou.

Fernandes afirmou que o arquivo foi impresso dentro do Palácio do Planalto e depois destruído. Ele também disse que o conteúdo era apenas um exercício intelectual sobre o cenário político após a eleição presidencial de 2022.

Plano fazia parte de articulação golpista?

A Polícia Federal apura que o plano teria sido elaborado em novembro de 2022, logo após a vitória de Lula, e discutido por militares em reunião na casa do general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e então candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL).

O inquérito da Operação Contragolpe aponta que o plano previa o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes como parte de uma tentativa coordenada de golpe de Estado. Fernandes é investigado no núcleo 2 da investigação que trata da articulação golpista.

Em seu depoimento, o general também mencionou conversas no entorno de Bolsonaro sobre um decreto com "considerandos" jurídicos que embasariam uma suposta intervenção do Executivo. "Fiz um apelo ao general Ramos, que era assessor do presidente: se existe esse movimento e está dentro da Constituição, por que não reforçar isso?", afirmou. Em seguida, corrigiu: "Dentro da Constituição Federal, não acima".

Ainda segundo Fernandes, Bolsonaro sempre buscou agir dentro da legalidade, apesar de também ser réu por tentativa de golpe.

Transferência de dinheiro e sacola de vinho

O plano "Punhal Verde e Amarelo" veio à tona após a delação do tenente-coronel Mauro Cid. Segundo ele, Braga Netto entregou dinheiro ao major Rafael Martins de Oliveira, envolvido na trama, para cobrir despesas operacionais. O valor teria sido repassado em uma sacola de vinho.

Prisões de militares e um policial ocorreram em novembro do ano passado. A PF afirma que o plano seria executado se a tentativa de golpe, em curso desde o fim das eleições, tivesse obtido sucesso.

Perfil Brasil
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