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PT vai conversar com PSB, PCdoB e PROS para fechar aliança

Partido adia para 2 de agosto encontros estaduais para definir candidaturas

20 jul 2018 - 17h41
(atualizado às 18h33)
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Após conversar com o PCdoB para uma aliança na campanha presidencial, o PT fará uma nova investida tentando um acordo com o PSB na disputa das eleições 2018. Durante reunião da Executiva nacional do partido, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que vai procurar novamente o PSB para uma conversa na semana que vem.

Gleisi Hoffman, presidente do PT
Gleisi Hoffman, presidente do PT
Foto: Jornal do Brasil

Em mais uma tentativa de atrair os pessebistas, o PT adiou para 2 de agosto os encontros estaduais que definiriam candidaturas em Estados como Pernambuco, Amazonas, Amapá, Paraíba, Maranhão, Tocantins e Rondônia. A ideia é aguardar a posição do PSB para se posicionar nesses lugares. Além do PCdoB e do PSB, o PROS também foi citado pela dirigente petista no pretenso arco de alianças.

Em outro aceno em direção ao PSB, Gleisi afirmou que o partido não fará um embate direto com o governador Márcio França (PSB), pré-candidato à reeleição em São Paulo. Ela negou, no entanto, um acordo para abrir mão da candidatura de Luiz Marinho na corrida estadual. "Nosso embate aqui é com o Doria e com o Skaf, com essas figuras. Se tivéssemos uma aliança com o PSB agora, a possibilidade de estarmos juntos no segundo turno (em São Paulo) seria muito grande."

O PT pretende registrar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Lava Jato, no dia 15 de agosto. A escolha do vice, disse Gleisi, pode ocorrer tanto na convenção do partido, marcada para dia 4, como no dia do registro. A possibilidade de outro partido, em caso de aliança, indicar o nome para a vice de Lula é "muito grande", reforçou Gleisi.

Plano de governo do PT conversa com o povo, diz Gleisi

Ao falar sobre o programa de governo do PT para a campanha presidencial, a presidente nacional do partido, senadora Gleisi Hoffmann, afirmou nesta sexta-feira que os pontos do plano do ex-presidente Lula da Silva conversam "com o povo", e não com o mercado financeiro.

"O nosso pressuposto é sempre ter responsabilidade fiscal com responsabilidade social. Nós já governamos o País. Todo mundo sabe como trabalhamos as contas públicas e nós temos que falar com o povo, e não com o mercado", disse Gleisi.

Na área econômica, o plano propõe intensificar a oferta de "crédito barato" a famílias e empresas, fazer uma reforma tributária que promova justiça fiscal e revogar as medidas do governo Michel Temer, como as mudanças legislativas e as privatizações.

A líder petista afirmou que o programa "é um dos mais avançados" que o PT fez desde 1989. Pela primeira vez em um plano de governo, por exemplo, está a proposta de "redemocratização dos meios de comunicação de massa", bandeira história de setores mais radicais do partido. Gleisi explicou que se trata de uma "regulação econômica" da mídia. "Na realidade, é uma proposta super liberal. Todos os países desenvolvidos regulam seus meios de comunicação, então não é novidade nenhuma, é regulação econômica."

O programa ainda será detalhado até o próximo dia 26, quando a equipe coordenada pelo ex-prefeito Fernando Haddad deve finalizar a primeira versão do plano de governo com a coordenação de campanha.

PT não assina compromisso no TSE sobre fake news

Ao comentar o fato de o PT não ter assinado o compromisso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a disseminação de notícias falsas, as chamadas fake news, Gleisi disse que há um temor de que a fiscalização do TSE recaia sobre sites de notícias de esquerda. A informação sobre a ausência do PT no compromisso foi relevada pelo jornal Valor Econômico. "Queremos saber quais são as regras", pontuou Gleisi, reiterando que o partido e ela sempre se colocaram contra fake news e são vítimas da disseminação de informações falsas.

Estadão
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