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Decisão no 1° turno é improvável, diz presidente do Ibope

Para ele, eleição de novo presidente no primeiro turno ou surgimento de uma via além de Bolsonaro e Haddad dificilmente ocorrerão

1 out 2018 - 13h44
(atualizado às 15h01)
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O presidente do Ibope Inteligência, Carlos Augusto Montenegro, disse nesta segunda-feira que, faltando seis dias para as eleições, considera "muito improvável" que o novo presidente seja definido já no primeiro turno ou que surja uma terceira via a Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Hadadd (PT), mas ressaltou que "nada é impossível".

Montenegro acrescentou que a eleição de 2018 é a mais difícil de sua vida e a mais incomum, uma vez que as análises apontam que o vencedor nas urnas não será o candidato preferido da população, mas o que tiver menor rejeição da parte do eleitor.

Faltando seis dias para as eleições, o presidente do Ibope, Carlos Montenegro, considera "muito improvável" que o novo presidente seja definido já no primeiro turno ou que surja uma terceira via a Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Hadadd (PT)
Faltando seis dias para as eleições, o presidente do Ibope, Carlos Montenegro, considera "muito improvável" que o novo presidente seja definido já no primeiro turno ou que surja uma terceira via a Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Hadadd (PT)
Foto: Reuters

"Faltando seis dias, não tenho menor ideia de quem vai ser o presidente e nenhuma pista, cheiro", disse Montenergro em palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

"Acho muito improvável que termine no primeiro turno, mas nada é impossível", acrescentou, cauteloso. "Surgir uma terceira via é muito improvável, mas nada é impossível."

O presidente do Ibope avaliou que o PT tem rezado todos os dias para que o oponente de Haddad em um eventual segundo turno seja Bolsonaro, pelos petistas considerarem que a vitória estaria mais próxima desse modo.

"Esse movimento 'ele não' ou 'ele sim' ajuda na polarização entre os dois", disse Montenegro. "Antigamente, as pessoas mais humildes votavam na direita, centro-direita ou Arena... e os formadores de opinião e classe média na esquerda. Hoje quem tem instrução vota no centro e centro-direita... e os mais humildes na esquerda", acrescentou.

"No segundo turno, o que vai falar mais alto é a rejeição ao Bolsonaro ou ao PT", resumiu. "Tudo indica que o segundo turno vai ser entre os dois e o que vai pesar mais, o caráter, postura e passado do Bolsonaro ou os maus feitos do PT com muita gente presa?", apontou.

"Quem termina na frente (no primeiro turno) normalmente continua, mas nessa eleição não tem nada de normalmente. Nunca vi algo tão esquisito e diferente."

Montenegro afirmou que o sistema político eleitoral brasileiro está fadigado e saturado. Para ele, a reforma política se tornou mais importante que a reforma da Previdência, que tem um enorme peso fiscal nas contas públicas.

O Ibope divulga nesta semana três pesquisas presidenciais, a primeira delas na noite desta segunda, depois na quarta-feira e no sábado.

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