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PSL cresce e empata com PSDB na preferência do eleitorado

Datafolha aponta que 4% dos brasileiros apoiam partido de Bolsonaro - que até pouco tempo não pontuava -, enquanto 3% preferem os tucanos.

3 out 2018 - 16h56
(atualizado às 17h07)
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Uma pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (03) apontou um crescimento do partido do presidenciável Jair Bolsonaro, o nanico PSL, durante a corrida eleitoral. A legenda aparece agora tecnicamente empatada com siglas tradicionais na preferência do eleitorado brasileiro.

Quando questionados pela pesquisa sobre seu partido político de preferência, 4% dos entrevistados disseram ser o PSL. Até agosto deste ano, a sigla nunca havia pontuado em sondagens do instituto, que faz esse tipo de levantamento desde 1989.

Acima do PSL figura apenas o PT, que lidera o ranking de preferência dos eleitores brasileiros há quase 20 anos. O partido foi mencionado por 21% dos entrevistados, embora tenha caído três pontos percentuais em comparação com a pesquisa de agosto, quando tinha 24%.

Convenção do PSL em julho no Rio: sigla ganhou destaque em janeiro após a filiação de Bolsonaro
Convenção do PSL em julho no Rio: sigla ganhou destaque em janeiro após a filiação de Bolsonaro
Foto: DW / Deutsche Welle

Segundo a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, o MDB e o PSDB estão empatados tecnicamente em segundo lugar com o PSL, com 3% da preferência cada um. Em agosto, esses dois partidos haviam sido mencionados por 4% dos eleitores.

Em seguida aparecem o PDT, o Psol e o Novo, com 1% cada. Os demais partidos incluídos na pesquisa não pontuaram - ou seja, foram citados por menos de 1% dos entrevistados.

As sondagens do Datafolha sempre apontaram que a maior parcela da população não tem qualquer preferência partidária. Esse índice chegou a 64% em junho, caiu para 52% em agosto e, agora, 53% dos entrevistados disseram não ter simpatia por nenhum partido.

O Partido dos Trabalhadores, que vem numa trajetória de altos e baixos nos últimos anos, é a sigla preferida dos brasileiros desde 1999. Seu melhor índice foi em abril de 2012, no primeiro mandato de Dilma Rousseff, quando registrou 31% da preferência.

Após uma série de escândalos de corrupção e um aprofundamento da crise econômica, a simpatia com o PT acabou caindo nos anos seguintes, chegando a 9% em dezembro de 2016, em seguida ao impeachment de Dilma. Seu pior desempenho, porém, foi em agosto de 1989, com 6%.

Já o PSL de Bolsonaro, um partido nanico com poucos assentos no Congresso, começou a ganhar destaque em janeiro, quando o deputado federal, que até então representava o PSC, se filiou à legenda para concorrer à Presidência.

A primeira vez que o PSL pontuou nas pesquisas do instituto Datafolha foi no final de agosto, com o início da campanha eleitoral, quando teve 1% da preferência do eleitorado. Em setembro foi a 3% e, neste início de outubro, atingiu 4%.

Bolsonaro é líder das intenções de voto à Presidência com 32%, segundo a mais recente sondagem, também do Datafolha, divulgada nesta terça-feira. Fernando Haddad (PT), que substituiu o ex-presidente Lula na corrida, aparece em segundo lugar, com 21%. Em seguida estão Ciro Gomes (PDT), com 11%, Geraldo Alckmin (PSDB), com 9%, e Marina Silva (Rede), com 4%.

O Datafolha ouviu 3.240 mil eleitores em 225 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa, encomendada pelo jornal Folha de S. Paulo, foi realizada nesta terça-feira, a cinco dias das eleições.

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