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“O senhor deveria ter saído algemado”: veja frases do debate

3 out 2014 - 07h44
(atualizado às 12h56)
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O último debate entre os candidatos à Presidência da República foi realizado no fim da noite desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, e transmitido pela TV Globo. Programa, a dois dias da eleição, foi marcado por embates diretos e também provocações e piadas. Relembre algumas das principais frases dos candidatos:

"Acho que todo mundo pode cometer corrupção, as instituições quem têm que ser virtuosas e impedir que isso ocorra", Dilma Rousseff, falando sobre o combate à corrupção

"Vossa Excelência esteve dentro de um partido quando também ocorreu um mensalão, que foi o mensalão da reeleição, o primeiro mensalão, e o senhor também ficou nesse partido", Marina Silva, respondendo a Aécio Neves sobre ter ficado no PT quando houve o caso do Mensalão

"A Petrobras deixou há muito tempo as páginas de economia, para ficar nas páginas policiais", Aécio Neves, citando o esquema de corrupção na companhia estatal.

"O seu discurso de ódio é o mesmo discurso que os nazistas fizeram contra os judeus.(...) Era assim que tu deverias ter saído daquele debate: algemado, diretamente para a prisão (...) Isso só não ocorreu porque não temos uma lei que criminalize a homofobia", Luciana Genro, se dirigindo à Levy Fidelix e citando as falas homofóbicas do candidato em debate anterior.

A presidente Dilma foi o principal alvo dos candidatos durante o debate
A presidente Dilma foi o principal alvo dos candidatos durante o debate
Foto: Ichiro Guerra/Campanha Dilma Rousseff / Divulgação

"Da última vez o senhor extrapolou todos os limites e agrediu 99,9% da população brasileira. (...) Eu peço aqui que você peça perdão a todos os brasileiro", Eduardo Jorge, também se dirigindo a Levy Fidelix.

"O senhor induz aqui com a sua maconha apologia ao crime, com o aborto, apologia ao crime.(...) Pense duas vezes antes de me acusar porque eu não fiz nenhuma apologia", Levy Fidelix, respondendo a Eduardo Jorge.

“Se o senhor quer me processar por essas teses generosas em defesa da saúde das mulheres e uma tese para quebrar o poder do crime e ter um diálogo maduro com os usuários para diminuir os danos das drogas psicoativas elícitas, faça e vamos ver na Justiça”, disse Eduardo Jorge em sua tréplica ao candidato Levy Fidelix, que o acusou de apologia ao aborto e às drogas.

"Ajudei como precursor do Bolsa Família a implantar no Rio de Janeiro o Cheque Cidadão.(...) Essas famílias que receberam o Cheque Cidadão, eu constatei, puderam pela primeira vez comprar um iogurte", Pastor Everaldo, afirmando que criou o programa que inspirou o Bolsa Família, do governo federal. 

"Quer dizer que uma pessoa que não foi vereadora não pode ser presidente, aonde está escrito isso? Na Constituição que não é", Dilma Rousseff, respondendo à Marina Silva, que creditou eventuais erros no governo à falta de experiência da presidente em cargos eletivos.

"Com você, estou disposto a conversar sobre tudo, o tempo todo", Aécio Neves confraternizando com Eduardo Jorge.

"Muita gente, inclusive o Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente do PSDB), já constataram que essa guerra às drogas não vai acabar com o narcotráfico", Luciana Genro, lembrando que o ex-presidente do partido de Aécio Neves hoje defende a descriminalização das drogas.

"Acho que esses royalties vão entrar pela porta e sair pela janela, com o prejuízo para a saúde", Eduardo Jorge falando sobre os roylties do Petróleo e a destinação para setores como a educação, citada por Dilma Rousseff.

"Você esteve em Cuba, na Venezuela, posou com a estátua do Che Guevara. Eu estudei você.(...) Não adianta pintar de mocinha, pois você está exatamente incitando os jovens a consumir mais drogas", Levy Fidelix se referindo a Luciana Genro.

"Acho estranho que o senhor trate com tanta leveza as privatizações. Foi no seu governo que um funcionário seu disse 'estamos tratando as privatizações no limite da irresponsabilidade'", Dilma Rousseff falando com Aécio Neves, lembrando fala de Ricardo Sérgio de Oliveira, diretor do Banco Central na época das privatizações do sistema de telecomunicações.

Aécio Neves travou embates com Dilma e Luciana Genro
Aécio Neves travou embates com Dilma e Luciana Genro
Foto: Orlando Brito/Coligação Muda Brasil / Divulgação

"Por uma questão eleitoreita, tu faz questão de me colocar no mesmo plano daqueles que tu sabe que eu não tenho nenhuma afinidade com eles. Tu faz a política da conveniência. E só mudou o teu programa porque eu reclamei", Marina Silva, usando o 'tu' característico da porto-alegrense Luciana Genro para responder à candidata que afirmara: "Eu temo, Marina, que tu ceda a pressões para uma segurança pública militarizada e violenta, pois você tem cedido à várias pressões".

"Tu e a Dilma parecem o sujo falando do mal lavado. Privatizações, terceirizações, acusações de corrupção. Tu fala do Mensalão, mas o Mensalão mineiro foi a origem do Mensalão e a privataria tucana foi um grande escândalo", Luciana Genro para Aécio Neves.

"Aécio, quem não tem conexão com a realidade é você. Você que anda de jatinho, que ganha um alto salário não conhece a realidade do povo (...) Tu és tão fanático da privatização que fez aeroporto e entregou as chaves para o seu tio ", disse Luciana Genro ao candidato tucano.

"Acusações levianas num debate de eleição não servem para um debate desse nível. Lamentavelmente a senhora não está preparada para ser candidata à Presidência da República", Aécio Neves responde à Luciana Genro com o dedo em riste, provocando reclamação da candidata.

Eduardo Jorge brincou com Aécio Neves e Dilma Rousseff: "o senhor é senador, vai continuar conosco lá no Congresso Nacional", disse Eduardo a Aécio, que respondeu, "espero que não". Em outro momento, Eduardo reclamou com Dilma, que havia citado o programa Farmácia Popular: "O Farmácia Popular é de minha autoria. Eu quero crédito".

"Tentaram atentar contra a moral e os bons constumes através da minha pessoa. Jamais ofendi ou incitei a homofobia", Levy Fidelix, se defendendo sobre ter dado declarações homofóbicas.

Marina respondeu com firmeza ataques de Luciana Genro
Marina respondeu com firmeza ataques de Luciana Genro
Foto: Erbs Jr. / FramePhoto

"O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) é um programa de atraso de crescimento ou programa de aceleração da corrupção?", Pastor Everaldo em pergunta a Aécio Neves.

"O senhor nega a realidade do que aconteceu no Brasil. Vocês desempregaram 12,5% (taxa de desemprego), tiveram uma taxa de juros que bateu todos os recordes na gestão Armínio Fraga, colocaram o País de joelhos diante do FMI (Fundo Monetário Internacional). Essa mania de falar que vão fazer um Bolsa Família melhor que o nosso, o de vocês era de 5 milhões de pessoas, o meu é de 56 milhões", Dilma Rousseff atacando Aécio Neves, que respondeu: "nem a competência do seu marqueteiro, João Santana, é capaz de reescrever a história. Nós fomos o partido a permitir que o Brasil tivesse novamente futuro e respeitabilidade. Nós temos diferenças muito grandes".

"Aliás, sobre essa história de engavetador da República, também existe ministro que engaveta terras indígenas, como o senhor muito bem lembrou. No governo da presidente Dilma foi o menor índice de demarcação de terras indígenas", Marina Silva, rcomentando a fala de Eduardo Jorge: "o Sinap, que é um sistema que vai estimular as alternativas penais, já está há quase dois anos parado na mesa de um ministro de Dilma, igualzinho às 12 áreas indígenas que ele não assina".

"Senhora candidata, não bote palavras na minha boca, quem muda de posição a todo tempo não sou eu", Aécio Neves para Marina Silva, após ela dizer: "Vossa Excelência disse, numa certa ocasião, que essa nossa proposta (de rever o fator previdenciário) era uma leviandade, depois mudou de opinião, disse que ia rever".

"O seu diretor, nomeado por você no Ibama, foi afastado por crime de desvio de recursos. Eu não saí por aí dizendo que você tinha acobertado a corrupção", Dilma Rousseff à Marina Silva, que afirmara que Dilma acobertava esquemas de corrupção em seu governo.

Fonte: Terra
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