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Mourão defende que urna eletrônica também imprima o voto

Em palestra, candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro criticou rivais na disputa pela presidência nas eleições 2018

18 set 2018 - 12h12
(atualizado às 12h34)
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Em palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na manhã desta terça-feira, 18, o vice na chapa presidencial de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão (PRTB), defendeu que o Brasil tenha o voto impresso, ainda que no futuro. Ao ser questionado, ele afirmou que a "urna eletrônica terá que ter, em algum momento, um mecanismo que imprima o voto." Mourão comparou o sistema ao dos bancos. "Quando vamos ao banco, não temos um comprovante impresso? É a mesma coisa", afirmou, dizendo que sem a impressão do voto, ficará pairando "para sempre essa desconfiança".

No último domingo, Jair Bolsonaro apontou a "possibilidade de fraude" nas eleições 2018. "A grande preocupação realmente não é perder no voto, é perder na fraude. Então essa possibilidade de fraude no segundo turno, talvez até no primeiro, é concreta", declarou Bolsonaro, que lidera as pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno e vê risco de derrota em cenários de segundo turno.

Em palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na manhã desta terça-feira, 18, o vice na chapa presidencial de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão (PRTB), defendeu que o Brasil tenha o voto impresso, ainda que no futuro
Em palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na manhã desta terça-feira, 18, o vice na chapa presidencial de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão (PRTB), defendeu que o Brasil tenha o voto impresso, ainda que no futuro
Foto: Marcelo Chello / CJPress / Estadão Conteúdo

O general também comentou as declarações em que ligou famílias pobres "onde não há pai e avô, mas sim mãe e avó" a uma "fábrica de desajustados", que fornecem mão de obra ao narcotráfico. "Um órgão de imprensa disse que critiquei as mulheres, estou apenas fazendo a constatação de coisas que ocorrem em comunidades carentes, com famílias lideradas por mães e avós, pois o homem ou morreu ou está preso, e a maioria dessas mulheres são trabalhadoras, cozinheiras, faxineiras e não têm com quem deixar seus filhos porque não tem creche e escola de tempo integral. Então, essa criança vira presa fácil do narcotráfico."

Em palestra que durou cerca de uma hora, o general, sem citar nominalmente Fernando Haddad, cabeça de chapa do PT nessas eleições, criticou o adversário em mais de uma ocasião. Segundo ele, o petista disse que vai implantar, se eleito, reformas como a previdenciária, fiscal e tributária. "Ele deve ter copiado (as propostas) de Bolsonaro", ironizou, destacando que nos governos desse partido, isso jamais foi privilegiado.

Em outro trecho da palestra, Mourão disse querer ver, na prática, como o outro candidato (Haddad) vai cortar os gastos públicos se o modus operandi de seu partido é colocar na máquina pública os apadrinhados. Uma resposta às críticas que suas declarações provocam, como a de uma nova constituinte sem a participação obrigatória de pessoas eleitas pela população, Mourão se disse democrático. " Não sou antidemocrático, se fosse não estaria disputando essas eleições, estaria em casa limpando as minhas armas."

Na palestra, ele citou ainda a prioridade, em um eventual governo de Jair Bolsonaro, da urgência de se colocar em execução da reforma da previdência. "Estamos nos aposentando cedo demais, expectativa de vida aumentou mais 20 anos", emendou.

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Estadão
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