De feminismo a Foro de SP: veja o que candidatos citaram
Os seis candidatos que participaram do debate transmitido pelo Terra transitaram por assuntos corriqueiros e aleatórios
Na eleição de 2018, muita gente se surpreendeu com a declaração do candidato cabo Daciolo sobre uma suposta Ursal (União das Repúblicas Socialistas da América Latina) e sobre um questionamento a Ciro Gomes (PDT), a quem atribuiu ser um dos fundadores do Foro de São Paulo. Desta vez, o foro voltou ao debate por obra do Padre Kelmon (PTB).
O debate realizado neste sábado, 24, ainda teve trocas de acusações sobre corrupção, orçamento secreto, Nicarágua e até um "o que é, o que é", vindo da candidata Soraya Thronicke (União Brasil), que ainda desafiou o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), a não cutucá-la com "sua vara curta", em um questionamento sobre sua posição no Senado acerca do orçamento secreto.
O evento foi realizado por Terra, SBT, Estadão/Eldorado, Nova Brasil FM, Veja e CNN Brasil. Veja alguns temas abordados no debate:
Nicarágua
Padre Kelmon trouxe o país da América Central ao debate, ao responder ao presidente Jair Bolsonaro sobre perseguição religiosa no país. De quebra, ainda disse que o Foro de São Paulo, tema levantado pelo Cabo Daciolo em 2018, "não se manifesta sobre isso".
Entrevista de trabalho
Para provocar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela ausência no debate, Soraya Thronicke (União Brasil) definiu o debate como uma entrevista de emprego. "Você contrataria quem faltou a essa entrevista?", carimbou.
Corrupção
Lula, ausente, e Jair Bolsonaro foram os principais alvos quando o tema foi corrupção. Bolsonaro teve de responder sobre a compra de vacinas, a compra de imóveis com dinheiro vivo por seus familiares e sobre o orçamento secreto. Sempre que pode, Bolsonaro acusou Lula de corrupção, lembrando o período em que o PT esteve na Presidência da República.
Feminismo
"Como presidente, você apoiará o assassinato de bebês indefesos no ventre de suas mães?", perguntou o candidato Padre Kelmon a Simone Tebet (MDB). Enquanto ela respondia, Kelmon tentou interrompê-la algumas vezes: "Eu estou falando, a palavra é minha, e por favor me respeite. Eu gostaria que repusesse meu tempo, por favor", disse Simone, para depois complementar: "O feminismo no Brasil precisa ser entendido não como uma pauta de esquerda, mas como uma pauta cristã".
Vara curta
"Quero dizer ao candidato Jair Bolsonaro: não cutuque onça com sua vara curta. Respeito." Foi assim que Soraya Thronicke se dirigiu a Bolsonaro, depois que o presidente afirmou, de forma equivocada, que ela votou a favor
do orçamento secreto.