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Datena aponta nazismo em proposta de Marina contra tráfico e revela: "Tive um dependente químico em casa"

No debate do Terra, Marina Helena defendeu internação compulsória; Datena comparou ideia a campo de concentração

14 ago 2024 - 13h01
(atualizado às 14h18)
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Datena e Marina Helena
Datena e Marina Helena
Foto: Reprodução Terra | YouTube

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) e Marina Helena (Novo) detalharam o que pretendem fazer com a cracolândia, que se espalha pelo Centro da cidade de São Paulo. O tema foi classificado como saúde pública, segurança pública e planejamento urbano.

Primeira a falar, Marina Helena defendeu a internação compulsória e a batalha contra o crime organizado, citando como proposta a extinção do tráfico de drogas. "Ninguém vai comprar crack se não tiver crack para vender", justificou ela, que ainda citou o aumento no número de pessoas em situação de rua na capital.

"A minha proposta para a cidade é a seguinte: bandido em São Paulo ou muda de cidade ou muda de profissão. Em relação à cracolândia é simples: ninguém vai comprar crack se não tiver crack para vender, gente. Temos que ter tolerância zero com o crime organizado. Fora isso, precisamos, sim, de internação compulsória para quem não responde mais por si. Essas pessoas não podem atrapalhar a vida dos moradores e dos paulistanos", declarou.

Para Marina, o cuidado com as pessoas em situação de rua é importante para evitar o crescimento da cracolândia. "A minha maior preocupação é a seguinte, o número de moradores de rua saiu de 20 mil para 80 mil pessoas, a rua não é moradia digna para ninguém. Precisamos acolher e tirar essas pessoas dessa situação para evitar que a cracolândia fique maior do que é hoje", disse.

José Luiz Datena, por sua vez, afirmou que a cracolândia não é um problema apenas do prefeito de São Paulo. Na visão dele, para resolver a questão, é preciso uma força-tarefa governamental e social, envolvendo governo do Estado, governo federal e a prefeitura. O ex-apresentador da Band ainda alertou sobre a internação compulsória, e revelou um caso de dependêmcia química que ocorreu em sua família.

"A questão da cracolândia parece irressolúvel para todos os prefeitos, principalmente para o Ricardo Nunes. Não fez nada, destruiu o Centro de São Paulo. A cracolândia tem que ter a participação de todos os atores de segurança e justiça, só o prefeito não resolve. O governador tem que entrar com ação da PM, o prefeito tem que agir com a GCM. Vai funcionar? Não. Se o traficante não for preso, aquele que vende para o coitado do dependente químico, e eu sei o que é a dependência química, porque a droga entrou com o crack dentro da minha família. Eu sei o que é um depende dentro de casa, destrói a família. Por isso, sou visceralmente contra bandidos e traficantes, canalhas que não valem nada. Se todo o esquema não participar, o cara que for pego vendendo é solto em audiência de custódia e não dá certo. Então, todos os setores precisam agir para acabar com a cracolândia, senão, não acaba", discursou.

Apesar de concordar com a internação compulsória de dependentes químicos em alguns casos, Datena ainda aproveitou para chamar de "nazistas" as propostas citadas por sua adversária.

"Tomar posições nazistas ou semi-nazistas ou parecidas com nazismo e colocar esses dependentes isolados, em locais com grades, me lembra os campos concentração que nós tínhamos aí na Alemanha. Isso não resolve. O traficante precisa ser detido na cadeia. Tem que cortar o crime organizado para que ele não tome conta da cidade. Para matar o bicho [tráfico], precisa cortar o fluxo de sangue no coração dele, senão todas as medidas serão paliativas. O traficante tem que ser preso e o dependente químico precisa ser tratado com todos os direitos humanos respeitados. Quem não tiver realmente condição de discernir se quer deixar a droga, infelizmente, tem que ser internado compulsoriamente para se livrar desse fantasma que eu sofri dentro da minha casa", defendeu.

Para finalizar o debate entre os candidatos, Marina questionou Datena: "Seu partido, o PSDB, já esteve na Prefeitura por dois mandatos. Por que agora seria diferente?". O ex-apresentador, então, retrucou: "Eu não estava nele antes". 

Fonte: Redação Terra
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