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Renan Filho é eleito governador de Alagoas no 1° turno

Filho mais velho do presidente do Senado, Renan Calheiros, o governador eleito de Alagoas tem 34 anos

5 out 2014 - 22h58
(atualizado em 6/10/2014 às 00h57)
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Com 100% dos votos apurados, está definido que a disputa para o governo de Alagoas não terá segundo turno. Aos 34 anos, Renan Calheiros Filho conseguiu se eleger com 52,16% dos votos válidos, ficando à frente de Biu Benedito De Lira (PP), que aparece com 33,91%. O candidato do PSDB, Júlio Cezar, deixou a corrida pelo governo do Estado com 7,92% dos votos, em terceiro lugar.

Candidato do PMDB ao governo de Alagoas, Renan Filho, se disse confiante da vitória no 1º turno
Candidato do PMDB ao governo de Alagoas, Renan Filho, se disse confiante da vitória no 1º turno
Foto: Divulgação
Confira o resultado parcial do primeiro turno em Alagoas:

Renan Filho (PMDB): 52,16%

Benedito de Lira (PP): 33,91%

Júlio Cezar (PSDB): 7,92%

Mário Agra (PSOL): 4,73%

Joathas Albuquerque (PTC): 0,61%

Golbery Lessa (PCB): 0,31%

Coronel Goulart (PEN): 0,21%

Luciano Balbino (PTN): 0,14%

Brancos: 7,92%

Nulos: 12,38%

Quem é Renan Calheiros Filho (PMDB) ?

José Renan Vasconcelos Calheiros Filho tem 34 anos e é o filho mais velho do presidente do Senado, Renan Calheiros. É economista, trabalhou com o pai no Senado Federal, foi prefeito de Murici (reduto eleitoral dos Calheiros há 20 anos) em 2004. Elegeu-se deputado federal em 2010, com 140.180 mil votos - a maior votação da história alagoana. 

É sócio da maioria das empresas da família, negócios que incluem rádios e uma empresa de agropecuária, e responde a inquérito policial, na Polícia Federal, por desvio de R$ 1,25 milhão em verbas da merenda escolar, no Supremo Tribunal Federal.  Na campanha, evitou associar seu nome a integrantes da "bancada da bala" na Assembleia Legislativa - deputados acusados em assassinatos, formação de quadrilha, peculato. Em caminhadas no interior, estes parlamentares eram presenças obrigatórias no palanque calheirista.

Há pelo menos um ano a vitória de um dos Renans estava na pauta dos partidos alagoanos. Desde a primeira pesquisa Ibope - no mês de maio - a tendência apontava para que que as eleições locais ficassem no primeiro turno - com maior força para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), que escolheu o deputado federal Renan Filho (PMDB) para a disputa. 

Além disso, a desistência do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) em disputar o Senado; a demora dele indicar o candidato ao Governo; a desistência do seu escolhido, o procurador de Justiça, Eduardo Tavares (PSDB), desconhecido e neófito na política, e substituição dele pelo vereador da cidade de Palmeira dos Índios, Júlio César, com menos de 2% nas pesquisas do Ibope, ajudaram a consolidar Renan Filho na dianteira do 1º turno.

A aliança com o senador Fernando Collor (PTB) também costurou o palanque, com 14 partidos, repetindo a dobradinha Calheiros/Collor nas eleições 2010 e 2012. 

O senador Benedito de Lira (PP) levava a disputa com o apoio da Cooperativa dos Produtores de Açúcar e Álcool do Estado. Ganhando o Governo, seu suplente, o usineiro Givago Tenório ficaria no Senado por quatro anos. Givago é sócio do vice-governador José Thomáz Nonô (DEM) e do prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), na TV Pajuçara- afiliada à Rede Record no Estado.

O confronto dos candidatos na TV e no rádio poupou o governador Teotonio Vilela Filho e procurou os problemas dos postulantes ao Governo. Biu de Lira associou Renan Filho a Murici, cidade que ostenta os piores índices sociais do Estado, onde os Calheiros mandam há 20 anos. Já Renan associava Biu aos indicadores na Educação - pasta no Governo que era comandada pelo senador.

Alagoas é líder nacional em analfabetos. O desempenho dos alunos das escolas públicas são os piores do Brasil, segundo o Ministério da Educação.

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Fonte: Especial para Terra
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