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Aécio diz ver "absoluta convergência" com programa de Marina

Ex-senadora sinalizou que pode apoiar o tucano caso ele se comprometa com seu programa de governo

6 out 2014 - 18h17
(atualizado às 18h50)
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Um dia depois de Marina Silva (PSB) sinalizar que estaria disposta a apoiar a candidatura do PSDB à Presidência da República, o tucano Aécio Neves disse que aguarda com “cautela” qualquer confirmação de apoio, mas fez um aceno à ex-senadora ao dizer que sua “candidatura é a encarnação da mudança” e que o seu programa de governo tem diversos pontos em comum com o de Marina.

<p>Aécio Neves (dir) abraça o governador reeleito de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB)</p>
Aécio Neves (dir) abraça o governador reeleito de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB)
Foto: Janaína Garcia / Terra

Informado de que as prioridades de Marina seriam o compromisso com o “fim da reeleição, a sustentabilidade e a manutenção dos avanços já conquistados” no País, Aécio disse que vê nesses e em outros pontos “absoluta convergência” com aquilo que propõe.

“Se vocês avaliarem os nossos programas, vão encontrar muito mais pontos de convergência do que pontos de divergência”, afirmou Aécio durante entrevista coletiva em São Paulo, onde teve votação expressiva. “Estou aberto, obviamente, para conversar em torno de um projeto para o Brasil. Nossas propostas estão aí e elas sempre poderão ser aprimoradas”, completou.

No domingo, Marina afirmou que o povo brasileiro quer mudança e não está contente “com o que está aí”, indicando que não apoiará a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT). A ex-senadora também sinalizou que estaria disposta a apoiar um candidato que se comprometesse com seu programa de governo.

Telefonema

O tucano também contou que recebeu nesta segunda-feira um telefonema de Marina. “Eu recebi hoje pela manhã, de forma muito honrosa para mim, um telefonema da ex-ministra Marina Silva, me cumprimentando pelo resultado da eleição. Retribui e a cumprimentei pela sua luta, pela sua campanha”, disse Aécio.

Sem dar mais detalhes sobre a conversa, Aécio enfatizou que não fará pressão por apoio e que respeitará quaisquer decisões. “Nós temos que, agora, dar tempo ao tempo. Cada liderança saberá o tempo de tomar uma decisão e qual será essa decisão. Não cabe a mim avançar nesse tempo”, afirmou.

“Respeitarei qualquer que seja a decisão. Obviamente estaremos de braços abertos para receber aqueles que, como nós, compreendem que este ciclo de governo do PT precisa ser encerrado e que, no lugar dele, precisamos implantar um novo projeto”, continuou.

"Monstros do presente"

Aécio rebateu declaração da presidente Dilma de que o Brasil não queria voltar aos "fantasmas do passado", referindo-se ao PSDB, e diss que o que assusta são os "monstros do presente".

O tucano ainda "convidou" a petista a fazer uma campanha "de alto nível, propositiva". "Eu quero convidar aqui a candidata Dilma Rousseff para fazermos uma campanha de alto nível, uma campanha propositiva. Temos uma campanha que se difere em vários aspectos e as diferenças serão explicitadas, da minha parte sempre com enorme respeito, até porque respeitando o adversário você respeita a própria democracia", afirmou.

<p>Da esquerda para a direita, o senador eleito por S&atilde;o Paulo, Jos&eacute; Serra (PSDB), Geraldo Alckmin, A&eacute;cio Neves, o vice na chapara presidencial Aloysio Nunes (PSDB) e o deputado federal Paulinho da For&ccedil;a (SDD)</p>
Da esquerda para a direita, o senador eleito por São Paulo, José Serra (PSDB), Geraldo Alckmin, Aécio Neves, o vice na chapara presidencial Aloysio Nunes (PSDB) e o deputado federal Paulinho da Força (SDD)
Foto: PSDB
Fonte: Terra
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