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vc repórter: prata em olimpíada, jovem de SP explica sucesso nos estudos

13 ago 2013 - 23h28
(atualizado em 14/8/2013 às 11h23)
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<p>Fábio conquistou também medalha de bronze na Olimpíada Internacional de Astronomia, disputada na Grécia</p>
Fábio conquistou também medalha de bronze na Olimpíada Internacional de Astronomia, disputada na Grécia
Foto: Arquivo Pessoal

As férias do meio do ano de Fábio Kenji Arai foram bem diferentes das vividas pela maioria dos jovens que, como ele, têm 17 anos. Destaque em sua escola e em competições nacionais na área das ciências exatas, ele foi para a Vólos, na Grécia, e Copenhague, na Dinamarca, para representar o Brasil no último mês de julho. Além de conhecer lugares, paisagens e pessoas novas, Fábio trouxe na bagagem duas das mais prestigiosas medalhas em olimpíadas estudantis.

Da escola pública a Harvard: olimpíadas mudam destinos de campeões

Sua maior consagração até hoje aconteceu na primeira quinzena de julho. Ele foi premiado com a medalha de prata na Olimpíada Internacional de Física (IPhO, na sigla em inglês), disputada na capital da Dinamarca entre os dias 7 e 15. A classificação do jovem foi a melhor entre todos os concorrentes ibero-americanos.

Dias depois, no dia 5 de agosto,ele desembarcava da Grécia com outra medalha inédita em sua coleção: o bronze na Olimpíada Internacional de Astronomia (IOAA, também na sigla em inglês).

Experiente após mais de 30 medalhas nacionais e internacionais conquistadas desde que tinha 12 anos, Fábio já conhece a disciplina de estudos que o espera antes de um período de competições. “Nos três meses que antecedem uma competição importante, além de cumprir o currículo da escola, eu estudo de seis a sete horas todos os dias”, afirma.

<p>Com a prata na Olimpíada de Física, o estudante do 3º ano do Ensino Médio foi o melhor qualificado entre todos os concorrentes de países Ibero-Americanos</p>
Com a prata na Olimpíada de Física, o estudante do 3º ano do Ensino Médio foi o melhor qualificado entre todos os concorrentes de países Ibero-Americanos
Foto: Arquivo Pessoal

Mas nem sempre a rotina de Fábio foi assim.  Até a 4ª série do Ensino Fundamental, ele era, sim, um bom aluno. Mas nada além disso. “A escola era fácil, não exigia muito, então eu quase não estudava, apenas acompanhava as aulas”, relembra. A história começou a mudar a partir do ano seguinte, quando ele mudou de colégio.

Fábio logo se sentiu mais desafiado pelas disciplinas e pela metodologia do novo colégio, o Etapa, na Vila Mariana, região central de São Paulo. Descobriu o que mais gosta de fazer: solucionar problemas que o “obrigam a pensar mais”, em um ambiente competitivo, como definiu.

Nos momentos em que não precisa - ou não quer - pensar mais, Fábio faz programas  comuns a um jovem de sua idade. Vai ao clube, joga tênis, nada, curte uma sessão no cinema com os amigos. Chegou até a fazer parte de uma banda de rock.

Fábio ainda não sabe exatamente o que fará depois de se formar na escola, no final desse ano, mas já tem uma meta, com planos A e B traçados: estudar física e ir para a área de pesquisa em alguma universidade dos Estados Unidos ou cursar engenharia no mesmo país. Preferiu não seguir a carreira dos pais, médicos.

Como o ano letivo universitário por lá começa apenas em setembro e Fábio ainda não completou o colegial, o próximo grande passo na vida acadêmica do estudante é o World Phisics Olympiad (Wopho), competição que reúne apenas os estudantes com os melhores desempenhos na IPhO e em competições da Ásia, a ser disputado de 28 de dezembro a 3 de janeiro. Se está preocupado? Fábio encara o desafio com naturalidade. Afinal, é de problemas que o fazem pensar mais que ele se alimenta.

A internauta Lilian Ishida Arai, de São Paulo (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

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