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USP confirma bônus para negros a partir do próximo vestibular

A medida, que já havia sido aprovada no Conselho de Graduação, vai beneficiar negros, pardos e indígenas que estudaram em escolas públicas

2 jul 2013 - 18h36
(atualizado às 19h02)
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O Conselho Universitário da Universidade de São Paulo (USP) aprovou nesta terça-feira a criação de um bônus que pode elevar a nota em até 5% - a depender do resultado obtido na prova - para os vestibulandos que se declararem pretos, pardos ou indígenas e tenham cursado integralmente o ensino básico em escolas públicas. Até agora, o grupo não tinha bônus para ingresso na universidade. A decisão já vale para o próximo vestibular.

O conselho também aumentou de 8% para 12% a bonificação na nota dos alunos que tenham cursado o ensino médio em escola pública; elevou de 8% para 15% a bonificação dos candidatos que fizeram o ensino fundamental e integralmente o ensino médio na rede pública. Além disso, aumentou de 15% para 20% o bônus para o aluno que cursou integralmente o ensino fundamental na rede pública e o segundo e terceiro anos do ensino médio em escolas públicas.

Assim, o aluno preto, pardo e indígena que tiver cursado integralmente o ensino fundamental na rede pública e o segundo e terceiro anos do ensino médio em escolas públicas pode chegar a ter até 25% de sua nota do vestibular aumentada pelos bônus recebidos.

Universidade rejeitou proposta de 'cotas' de Alckmin

Com a proposta aprovada hoje, a  USP confirmou a rejeição ao Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Paulista (Pimesp), apresentado no final do ano passado pelo governador Geraldo Alckmin, em parceria com os reitores das universidades estaduais de São Paulo. A proposta original previa a criação de um curso semipresencial que parte dos cotistas faria, o que foi descartado pela USP.

O projeto de Alckmin também previa um prazo até 2016 para que as universidades alcançassem a meta de 50% de alunos provenientes de escolas públicas. No entanto, a proposta do Conselho de Graduação aprovada diz que a USP só terá condições de atingir essa meta em 2018. Na última edição da Fuvest, 28,5% dos candidatos aprovados estudaram na rede pública.

Pré-vestibular para alunos de escolas públicas

Além da ampliação do bônus, a USP aprovou a criação de um pré-vestibular com o objetivo de oferecer reforço escolar para alunos da rede pública. Serão selecionados 1 mil estudantes bem classificados na última prova da Fuvest, mas que não conseguiram ingressar na universidade. Para dar condições para que o aluno se dedique ao curso, também foi aprovada a destinação de uma bolsa de R$ 300 mensais.

O curso será oferecido anualmente, com duração de dez meses. Esta primeira edição, que terá caráter experimental, será oferecida a partir de agosto deste ano, com duração de cinco meses. As aulas serão ministradas por alunos dos cursos de licenciatura da USP, sob a supervisão de estudantes de pós-graduação.

Ainda foi confirmada a valorização do programa Embaixadores USP a ampliação dos locais de prova do vestibular, com a inclusão das cidades de Limeira, Fernandópolis, Barueri, Carapicuíba e Taboão da Serra.

Agência Brasil Agência Brasil
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