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Conselho da USP recusa plano de Alckmin e aprova bônus para negros

Para entrar em vigor, a proposta ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Universitário

28 jun 2013 - 08h41
(atualizado em 2/7/2013 às 18h34)
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Enquanto as universidades já adotam programa de cotas para negros, em São Paulo instituições discutem formas de bonificação
Enquanto as universidades já adotam programa de cotas para negros, em São Paulo instituições discutem formas de bonificação
Foto: UFRGS / Divulgação

O Conselho de Graduação da Universidade de São Paulo (USP) aprovou, na quinta-feira, a criação de um bônus de 5% no vestibular para alunos que se declararem preto, pardo ou indígenas. De acordo com a proposta, que ainda deve passar pela aprovação do Conselho Universitário, os estudantes negros ou indígenas que cursaram a educação básica na rede pública terão um bônus de até 25% na nota final. Sem o critério racial, o bônus será de até 20%.

Na última edição do vestibular para a USP, o bônus para aluno de escola pública era de até 15%, mas não havia benefício específico para negros e indígenas. As mudanças, caso sejam confirmadas na reunião do conselho da próxima semana, já valem para a seleção de 2014.

Com a proposta do Conselho de Graduação, a instituição rejeita o Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Paulista (Pimesp) apresentado no final do ano passado pelo governador Geraldo Alckmin, em parceria com os reitores das universidades estaduais de São Paulo. A proposta original previa a criação de um curso semipresencial que parte dos cotistas faria, o que foi descartado pela USP.

O projeto de Alckmin também previa um prazo até 2016 para que as universidades alcançassem a meta de 50% de alunos provenientes de escolas públicas. No entanto, a proposta do Conselho de Graduação diz que a USP só terá condições de atingir essa meta em 2018. Na última edição da Fuvest, 28,5% dos candidatos aprovados estudaram na rede pública.

Outra iniciativa apresentada ontem é a criação de um cursinho pré-vestibular para alunos de escolas públicas, em que os beneficiados devem receber uma bolsa no valor de R$ 300. Segundo a assessoria da universidade, o curso será ministrado por alunos de licenciatura e serão selecionados para as bolsas candidatos que tiveram bom desempenho na última prova da Fuvest, mas que não conseguiram a aprovação.

Fonte: Terra
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