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Sírio-Libanês recomenda que escolas particulares restrinjam atividades presenciais 

Hospital encaminhou carta a escolas que contrataram consultoria; documento destaca 'escalada vertiginosa de casos'

12 mar 2021 - 10h49
(atualizado às 11h03)
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O Sírio-Libanês enviou uma carta nesta quinta-feira, 11, às escolas particulares que contrataram a consultoria do hospital defendendo que os colégios restrinjam as atividades presenciais neste momento. As escolas particulares continuam autorizadas a funcionar em todo o Estado, mesmo na fase mais restritiva da quarentena.

A carta, assinada pelo diretor-geral, Paulo Chapchap, defende que é "fundamental adotar por um curto período medidas mais contundentes que possam mitigar" o risco de contaminação. O documento aponta que as atividades escolares, com os devidos protocolos, apresentam baixíssimo risco e que, diante dos efeitos da privação de convívio e aprendizagem entre crianças e adolescentes, esse risco é tolerável.

No entanto, destaca a carta, há uma escalada vertiginosa de casos em todo o País, "cabendo, portanto, medidas em diferentes frentes para reduzir toda e qualquer movimentação de pessoas nas cidades, sob o risco de uma pressão ainda maior sobre o sistema de saúde".

A carta é direcionada às instituições de ensino apoiadas pela consultoria do Sírio-Libanês. Na capital paulista, escolas particulares de elite, como o Colégio Bandeirantes, contrataram consultoria do hospital para definir os protocolos de abertura em meio à pandemia.

"Ao externar uma posição pela restrição das atividades escolares neste momento, o Hospital Sírio-Libanês está representando a fala dos profissionais de saúde que sentem a pressão diária que vem sendo exercida sobre o sistema de saúde", destaca o documento.

O texto cita ainda que o governo de São Paulo decretou medidas ainda mais severas de restrição, com fechamento da rede pública. "Mesmo garantindo o funcionamento das escolas privadas, entendemos que é o momento de refletir sobre a real necessidade das atividades presenciais, ao menos até que o cenário se mostre mais controlado".

A carta termina com a mensagem de que ensinar às crianças e aos jovens a importância da proteção da sociedade como um todo "talvez seja a lição mais importante que precisamos dar neste momento". O documento foi encaminhado após declaração de Chapchap em um evento restrito em que defende o fechamento das escolas neste momento, entre outras medidas restritivas.

Nesta quinta-feira, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, informou que escolas da rede estadual entrarão em recesso e terão aulas suspensas até o fim do mês. Apenas o serviço de merenda escolar continuará sendo oferecido. Já as particulares continuam com aval para abrir recebendo até 35% da capacidade.

Apesar de autorização, colégios particulares já decidem suspender as aulas. O Rio Branco, na região central de São Paulo, por exemplo, determinou a suspensão de atividades presenciais de 15 a 30 de março. "A medida está de acordo com a orientação do Hospital Sírio-Libanês, nosso parceiro na definição dos protocolos de segurança", explicou o colégio. Outras escolas, como o Equipe, também na região central, já haviam definido a suspensão de atividades presenciais na fase mais crítica da pandemia.

Estadão
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