Não sabe qual faculdade fazer? Veja quais profissões devem crescer com o avanço de ferramentas de IA
O avanço da inteligência artificial redefine o panorama profissional, exigindo competências e criando oportunidades em setores estratégicos
O crescimento da inteligência artificial (IA) está moldando o futuro do trabalho, impulsionando a demanda por profissionais com habilidades específicas e adaptabilidade. Essa transformação abrange tanto a criação e gestão de tecnologias de IA quanto a segurança e a curadoria de seus resultados.
Novas oportunidades na era da IA
Michelle Schneider, futurista, especialista em IA e futuro do trabalho, e autora do livro "O Profissional do Futuro", aponta que os empregos emergentes estão na intersecção entre tecnologia e sustentabilidade.
Essa visão é corroborada pelo Fórum Econômico Mundial, que prevê crescimento em áreas como IA, dados, cibersegurança e energias renováveis.
Schneider destaca que profissões ligadas a design digital, curadoria de IA e educação tecnológica ganham relevância, exigindo dos profissionais domínio técnico e capacidade de adaptação. Para ela, o futuro do trabalho será construído por aqueles que combinam letramento tecnológico, visão sistêmica e responsabilidade ecológica.
Diretor de Inovação e Fábrica de Software da Globalweb, Ricardo Costa detalha algumas das profissões que devem se destacar:
Pesquisador: com a popularização da inteligência artificial, a profissão de pesquisador ganha mais relevância, pois exige análise e organização de grandes volumes de dados para a condução de estudos com clareza.
Especialista em segurança cibernética: a demanda por esses profissionais cresce, uma vez que as IAs compartilham informações sem o mesmo critério humano. Isso eleva os riscos de vazamento de dados, exigindo maior controle e análise de vulnerabilidades.
Auditor de chatbots: esta é uma função em ascensão, responsável por verificar a coerência e a ausência de vieses nas respostas geradas pelas IAs. Esse profissional contribui para evitar fraudes e o uso indevido da tecnologia.
Costa também observa a atuação da IA em setores já estabelecidos. No setor financeiro, por exemplo, IAs já funcionam como assistentes virtuais, recomendando investimentos com base no perfil do cliente.
No marketing, ferramentas de IA analisam sentimentos em redes sociais em tempo real, permitindo ajustes estratégicos imediatos e substituindo métodos tradicionais.
Responsabilidade e senso crítico no uso da IA
Tanto Michelle Schneider quanto Ricardo Costa enfatizam a necessidade de uma abordagem responsável na interação com a inteligência artificial. Schneider sugere que estar preparado para o futuro não se trata apenas de escolher uma carreira, mas de desenvolver competências para navegar por múltiplos caminhos.
Ricardo Costa ressalta que "todos devemos ter senso crítico ao utilizar a inteligência artificial". Ele complementa que "podemos e devemos usar essas ferramentas, mas sempre com responsabilidade, avaliando os dados e as informações geradas".
O diretor de inovação da Globalweb também recomenda explorar diferentes opções de IA, priorizando as mais confiáveis e bem avaliadas, e não se limitando às ferramentas mais populares de grandes empresas, pois "há uma variedade de soluções disponíveis para atender diferentes tipos de necessidades".
O cenário indica que o futuro do trabalho será influenciado pela capacidade humana de interagir de forma estratégica e crítica com as novas tecnologias, abrindo espaço para profissionais que consigam aliar conhecimentos técnicos em IA com uma visão mais ampla sobre suas implicações.