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MEC aciona PF após suspeita de sabotagem nos sistemas do ProUni e do Fies

Prazo para se inscrever nos programas deverão ser prorrogados em virtude das falhas apresentadas nas plataformas

8 ago 2019 - 07h48
(atualizado às 23h26)
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BRASÍLIA - O Ministério da Educação acionou a Polícia Federal para investigar supostos ataques a sistemas online da pasta, como o do Programa Universidade para Todos (ProUni) e do Financiamento Estudantil (Fies), depois de terem registrado atrasos e instabilidade nos últimos dias. A suspeita ocorre um mês após o ministério ter perdido 50 profissionais da área de tecnologia da informação.

Os profissionais pararam de trabalhar na pasta no início de julho, quando foi encerrado um convênio com a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), em vigor desde 2008.

À época da suspensão, o MEC disse ter encontrado irregularidades na contratação. Quando os 50 profissionais pararam de atuar, técnicos e coordenadores dos setores que mais dependem da área tecnológica alertaram para o fato de que os sistemas poderiam apresentar falhas por falta de manutenção.

Questionado pelo Estado, o MEC disse que "contratações de serviços estão em andamento e a força de trabalho será reforçada nos próximos meses".

Em entrevista pela manhã, o ministro Abraham Weintraub disse que o material que indicaria a invasão dos sistemas foi coletado esta semana e qualificou como "robustos" os indícios de sabotagem. O superintendente da Polícia Federal no Distrito Federal, Marcio Nunes, porém, afirmou que o material a ser analisado ainda não foi enviado formalmente pelo MEC.

Prazo

O ministério informou que vai prorrogar o prazo de inscrição dos dois programas por causa da instabilidade nos sistemas, mas ainda não há previsão de por quanto tempo - a ideia é que seja equivalente ao período em que ficou indisponível.

As inscrições para bolsas remanescentes do Prouni estão abertas até 30 de setembro. No caso do Fies, os beneficiários inadimplentes têm até 10 de outubro para se cadastrar em um processo de renegociação de dívidas.

Também foram afetados outros dois sistemas operacionais da pasta: o Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec), que faz a interface com municípios e Estados para a prestação de contas de obras, por exemplo, e o Presença, usado para o envio de relatórios de assiduidade de estudantes cujas famílias são beneficiárias do programa Bolsa Família.

Estadão
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