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Como formar os líderes do futuro

Fundação Estudar dá bolsas para jovens

7 ago 2018 - 03h11
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SÃO PAULO - Lorenna Vilas Boas, de 20 anos, criou um sistema de localização para cegos. Aos 18 anos, Isabela Rodrigues, venceu duas vezes a Olimpíada Brasileira de Robótica. Já Adriano Adoni, hoje com 17, começou a investir no mercado de capitais há quatro anos. Respectivamente da Bahia, do Ceará e de São Paulo, eles fazem parte da seleção de 26 novos líderes da Fundação Estudar. O grupo recebeu bolsas para cursar graduações e pós no exterior ainda este ano.

Ao longo de 27 anos, já foram 674 bolsistas ajudados pela fundação, interessada em formar novos líderes. "Foi melhor do que eu esperava", orgulha-se um dos fundadores, o empresário Jorge Paulo Lemann, no Encontro Anual da Fundação Estudar, realizado nesta segunda-feira, 6, em São Paulo. "É importante incentivar jovens de potencial a ter mais impacto", disse. "A qualidade dos nossos bolsistas é um espetáculo". A seleção deste ano começou com 43,2 mil pré-inscritos.

Para Lorenna, por exemplo, a vocação para liderar surgiu ainda na adolescência. Em um trabalho de escola, ela discutiu a construção de uma ponte para a região onde vivia - à beira de uma rodovia em Candeias, na Grande Salvador. A estrada, com alto fluxo de caminhões, era um problema para os moradores, especialmente para os mais novos, que não podiam brincar com segurança.

Em sua trajetória na escola, outro interesse eram as competições de robótica. Mas percebeu que costumava ser a única mulher negra nos eventos.

"Isso passou a me incomodar de uma forma que comecei até a pensar que se eu era apropriada para esse espaço", lembra. Por isso, começou a participar de iniciativas que visam a dar mais espaço às mulheres, como o Fórum da Juventude da Organização das Nações Unidas (ONU).

No Instituto Federal da Bahia, a jovem desenvolveu no câmpus uma placa sensorial para cegos, semelhante a um piso tátil, que emite um bipe para indicar o local mais próximo, como a localização de um banheiro ou da biblioteca.

Desinformação

O encontro também discutiu as fake news. Foi destacado o projeto Credibilidade, com apoio de 18 veículos de comunicação, dentre eles o Estado. A iniciativa busca desenvolver indicadores de credibilidade, trazendo transparência sobre as formas de produção de notícias na internet.

Foi citado ainda o projeto Comprova, coalizão de 24 veículos de imprensa - incluindo o Estado - para combater a desinformação na campanha eleitoral. O público pode participar denunciando conteúdos suspeitos ou falsos pelo WhatsApp, no número (11) 97795-0022.

Estadão
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