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Como escolher uma escola adequada

É importante considerar a diferença entre internacional e bilíngue e avaliar a formação do corpo docente, além da proporção do que é ensinado em outra língua

19 set 2023 - 00h11
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Pais e mães que querem tornar os filhos fluentes desde cedo em outro idioma precisam entender as diferenças entre as escolas internacionais e as bilíngues. As internacionais seguem o currículo de outro país, enquanto as bilíngues proporcionam imersão em outro idioma sem deixar de seguir as diretrizes da educação brasileira.

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Foto: Divulgação / Estadão

Uma escola é considerada bilíngue quando tem um currículo único e integrado ministrado em dois idiomas. Isso envolve todas as etapas de ensino, integrando-se o aprendizado das diversas disciplinas ao aprimoramento das habilidades linguísticas. Essas instituições não oferecem, portanto, "aulas de inglês", e sim "aulas em inglês".

Diretrizes

Em 2020, o Ministério da Educação (MEC) estabeleceu diretrizes para o ensino plurilíngue, regras que continuam ainda à espera de homologação. Uma das exigências é que a instrução no idioma adicional alcance um patamar mínimo de participação em todas as fases do ensino - pelo menos 30% ao longo da educação infantil e do ensino fundamental, e 20% no ensino médio.

Um problema dessa mesma regulamentação é o limite de 50% para o ensino no segundo idioma, o que contraria princípios consagrados sobre a importância de uma imersão mais intensa na educação infantil.

Entre os requisitos essenciais para diferenciar as escolas verdadeiramente bilíngues, está a formação do corpo docente, que precisa ser específica em Pedagogia ou Letras para educação bilíngue, além da comprovação de proficiência no idioma praticado no estabelecimento. "São regras já praticadas por todos os nossos associados", enfatiza Kevin Sorger, da Organização das Escolas Bilíngues (OEBi).

Pais não precisam ser bilíngues

A Escola Móbile, de São Paulo, oferece o ensino bilíngue a partir dos quatro anos de idade. "O que temos é um programa de imersão no segundo idioma, como língua de instrução, e não apenas como língua adicional", explica a diretora do Departamento Internacional da escola, Daniella Leonardi.

Hoje, do total de 3.700 alunos da instituição, quase 1.000 estão no ensino bilíngue, oferecido em período integral. O corpo docente combina a formação nas respectivas áreas de ensino com o domínio pleno do inglês, devidamente certificado.

Daniella ressalta que o processo de alfabetização começa na língua materna, o português, e depois é feito, de forma sequencial, em inglês. Os pais não têm qualquer obrigação de "reforçar" no ambiente doméstico o aprendizado do segundo idioma, pois a exposição ao inglês já é suficientemente forte dentro da escola.

Surgem novos recursos pedagógicos

Projeta-se que 90% das profissões que estarão disponíveis para uma criança de hoje ainda nem existem, tão acentuado é o ritmo de transformação do mercado de trabalho e de surgimento de novas tecnologias.

"Mesmo com tantas indefinições e incertezas, certamente há algumas coisas que os pais podem fazer para preparar os filhos para o futuro. Uma delas é o aprendizado de inglês", diz Otoniel Reis, diretor-geral da Happy, "escola de habilidades" com uma plataforma que oferece apoio ao ensino de competências, além de inglês, programação, educação financeira e comunicação e oratória.

Muitos parceiros e provedores de programas pedagógicos de ponta estão criando versões em inglês de seus produtos. "Hoje temos acampamentos, aulas extracurriculares, uso de inteligência artificial, aulas de programação e robótica, tudo em inglês", descreve Sorger.

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