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CE: cubanos são hostilizados por médicos brasileiros no 1º dia de curso

Profissionais estrangeiros foram chamados de escravos. Os brasileiros ainda cobraram que os médicos de fora façam a prova de revalidação do diploma

27 ago 2013 - 11h57
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Os médicos estrangeiros, na sua maioria cubanos, que estão no Ceará para fazer o curso de formação de três semanas para atuar pelo programa Mais Médicos foram hostilizados na noite se segunda-feira na saída da Escola de Saúde Pública, em Fortaleza, após a solenidade de acolhida. Segundo o jornal O Povo, um grupo de cerca de 50 médicos esperavam os estrangeiros na saída do prédio chamando-os de escravos.

Ainda de acordo com o jornal, o grupo que está no Ceará para a capacitação é composto por 96 médicos estrangeiros, sendo 79 cubanos. O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado, José Maria Pontes, disse ao Povo que os manifestantes não são contra a vinda dos cubanos, mas por esses profissionais não precisarem passar pela prova de revalidação do diploma para trabalhar no Brasil.

Infográfico: Revalidação do diploma médico

Conheça a história de médicos brasileiros que se graduaram fora do País e por que é necessário revalidar o diploma para poder trabalhar no Brasil

 
ENTENDA O 'MAIS MÉDICOS'
- Profissionais receberão bolsa de R$ 10 mil, mais ajuda de custo, e farão especialização em atenção básica durante os três anos do programa.
- As vagas foram oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais.
- Com o não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitou a candidaturas de estrangeiros - incluindo convênio com Cuba para a vinda de 4 mil médicos. Eles não precisam passar pela prova de revalidação do diploma
- O médico estrangeiro vai atuar na região indicada previamente pelo governo federal, seguindo a demanda dos municípios.
- O programa também prevê a criação de 11,5 mil novas vagas de medicina em universidades federais e 12 mil de residência em todo o País, além da inclusão de um ciclo na residência em que os profissionais atuarão no Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: Terra
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