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Pesquisa irá mapear comunidade LGBT no mercado de trabalho

Levantamento da Mais Diversidade, com apoio do 'Estadão', quer entender obstáculos de orientação sexual e identidade de gênero na carreira, além de impulsionar a diversidade nas empresas

11 jun 2021 - 18h43
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Durante o mês de junho, considerado o mês do orgulho LGBT, a consultoria Mais Diversidade realiza, com o apoio institucional do Estadão, uma pesquisa para mapear os perfis pessoal e profissional da população LGBT no mercado de trabalho. A intenção é que as informações coletadas possam tornar mais claros os obstáculos e as dificuldades enfrentadas por gays, lésbicas, travestis, transexuais e outras pessoas que compõem a sigla, além de impulsionar a diversidade e a inclusão no mercado corporativo.

"Há uma carência muito grande sobre dados relativos à população LGBT no Brasil. A pesquisa ajudará a entender o cenário nas empresas e incentivar as discussões sobre respeito e inclusão", explica Ricardo Sales, sócio e conselheiro consultivo da Mais Diversidade.

Segundo Ricardo, que colabora com artigos sobre carreiras e mercado de trabalho para o Estadão, a pauta da diversidade está intimamente ligada aos princípios ESG (social, ambiental e de governança), tão discutidos nas grandes empresas atualmente. Ricardo também é um dos palestrantes do Summit ESG, promovido pelo Estadão e que será realizado de forma online e gratuita de 15 a 18 de junho (inscrições pelo site).

"Pretendo provocar reflexões sobre a importância das políticas de diversidade para a sociedade e também para o resultado das organizações", diz ele. Apesar de as pautas de diversidade e ESG estarem em alta, funcionários da comunidade LGBT continuam se escondendo das corporações: segundo estudo da consultoria global OutNow, no Brasil apenas um em cada três pessoas desse grupo fala abertamente sobre orientação sexual ou identidade de gênero no trabalho.

No Brasil, quase não há dados oficiais sobre a população LGBTQIA+, uma vez que pesquisas nacionais, como o Censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda não abordam a orientação sexual e a identidade de gênero.

Em janeiro deste ano, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos de São Paulo lançou o 1º Mapeamento de Pessoas Trans da capital paulista, que constatou que apenas 58% da população transexual e travesti exerce uma função remunerada, grande parte no mercado informal de trabalho.

Já um levantamento feito pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), em 2020, mostrou que 90% dessa população tem a prostituição como fonte de renda.

O questionário da Mais Diversidade, que deve ser preenchido de forma online, traz 11 perguntas sobre temas como a demografia da população LGBTQIA+ e a segurança psicológica que os colaboradores têm dentro das empresas. A pesquisa pode ser respondida no link e a participação é confidencial.

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Estadão
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