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Ela ia com o pai ver aviões em Congonhas, virou vendedora de passagem aérea e hoje é CEO de fintech

Fernanda Ribeiro, CEO da Conta Black, é a entrevistada desta edição da série 'DNA da Liderança', com histórias de lideranças e dicas de carreiras

12 mar 2024 - 14h06
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Um passeio familiar que acontecia religiosamente durante a infância moldou o início da carreira da executiva Fernanda Ribeiro, 38. O pai, serralheiro do setor de aviação, costumava levar ela e as cinco irmãs da periferia da zona sul de São Paulo até o aeroporto para acompanhar o pouso e a decolagem dos aviões. Aquele sobe e desce de aeronaves gigantescas foi crucial para Ribeiro apostar no curso de turismo e trabalhar em grandes companhias aéreas (a extinta Varig e a então TAM). Foi assim que conheceu todos os estados do Brasil.

O que ela não imaginava era que alguns anos depois o sonho da aviação ficaria para trás e daria espaço para ocupar o cargo mais alto em uma empresa do mercado financeiro com escritório situado na Faria Lima, considerado o centro financeiro de São Paulo.

Hoje, ela é CEO da Conta Black, fintech (corporação que oferece serviços financeiros de modo digital) criada por ela e o marido, Sergio All, em 2017, com quase 50 mil clientes e meta de dobrar o número de usuários até o final deste ano.

"Minha mãe sempre foi muito líder. Ela me preparou para liderar", diz em entrevista ao Estadão, ao relembrar a maneira como observava pessoas comuns com traços de liderança.

Confira trechos da entrevista:

@estadao DNA DA LIDERANÇA ?? Um passeio familiar que acontecia religiosamente durante a infância moldou o início da carreira da executiva Fernanda Ribeiro, 38. O pai, serralheiro do setor de aviação, costumava levar ela e as cinco irmãs da periferia da zona sul de São Paulo até o aeroporto para acompanhar o pouso e a decolagem dos aviões. Aquele sobe e desce de aeronaves gigantescas foi crucial para Ribeiro apostar no curso de turismo e trabalhar em grandes companhias aéreas (a extinta Varig e a então TAM). Foi assim que conheceu todos os estados do Brasil. O que ela não imaginava era que alguns anos depois o sonho da aviação ficaria para trás e daria espaço para ocupar o cargo mais alto em uma empresa do mercado financeiro com escritório situado na Faria Lima, considerado o centro financeiro de São Paulo. Hoje, ela é CEO da Conta Black, fintech (corporação que oferece serviços financeiros de modo digital) criada por ela e o marido, Sergio All, em 2017, com quase 50 mil clientes e meta de dobrar o número de usuários até o final deste ano. "Minha mãe sempre foi muito líder. Ela me preparou para liderar", diz em entrevista ao Estadão, ao relembrar a maneira como observava pessoas comuns com traços de liderança. Acesse o link e leia a matéria completa. #DNAdaLiderança #FernandaRibeiro #ContaBlack #CEO #mundocorporativo #corporativismo #mundodotrabalho #trabalho #emprego ? som original - Estadão

Como foi o início da sua carreira?

A minha carreira começa a partir da realização de um sonho que tem muito a ver com a infância. Meu pai trabalhou na área de aviação. Ele sempre nos levava (Fernanda e as outras 5 irmãs) ao aeroporto para assistir pouso e decolagem de avião, era um passeio. Quando chegou a hora de tomar a decisão da carreira sabia que queria trabalhar na área da aviação.

Não queria ser piloto, comissária, nada disso, queria trabalhar no processo de construção dessa parte lúdica do lazer. Na época da faculdade, vi que turismo era o curso que melhor se encaixava. Sou turismóloga por formação/empreendedora. Gosto de ser multifacetada.

Em que momento da sua vida houve o estalo para liderar?

Sempre gostei de me inspirar nas lideranças. Quando penso na minha carreira como um todo, também tem um aspecto familiar envolvido porque sou a 5ª filha da casa de sete mulheres.

Minha mãe sempre foi muito líder. Ela me preparou para liderar. Brinco com ela que sou o grande projeto dela. Sou uma gravidez inesperada, porque ela engravidou aos 47 anos quando não queria mais ter filhos. Fui um projeto dela porque pude estudar em escola particular, tive acesso a muitas ferramentas que utilizo na minha carreira: inglês, esporte, cultura etc.

Minha mãe atuava na área de saúde, com assistência social. Então, ao mesmo tempo em que ela investia nesse tipo de skill (habilidade) que facilitou a minha carreira, ela também investiu em skills que me ajudaram no desenvolvimento de liderança. Lembro de participar de ações que ela fazia dentro das periferias. Acho que isso também traz um aspecto de liderança.

Imagino que ter um monte de mulher dentro de casa também exigiu uma liderança e minha mãe sempre foi pulso firme.

Você começou trabalhando em companhias aéreas, como a extinta Varig. Como foi essa trajetória?

Comecei na Varig atuando com comercialização de passagens. Depois na área de fidelidade. Na TAM, também trabalhei na área comercial (analista comercial), em seguida fidelidade, qualidade, experiência do cliente e comunicação interna. Quando olho a aviação, é totalmente diferente da entrega do passado. Na época, as pessoas usavam terno para viajar.

Lembro de um dos mandamentos: o espírito de servir. Então, colocar o cliente na frente de tudo, ele tinha que ter uma experiência de viagem mágica, e tudo isso refletia no processo de venda, tinha que ofertar todas as possibilidades. Era uma coisa do cliente como centro, aquele momento teria que ser perfeito.

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  • A segunda coisa é construir uma rede de relacionamento, investir bastante nas skills faltantes. Quando temos esses dois passos, conseguimos identificar muitas coisas que estão faltando ali para que a pessoa chegue nesse cargo.

    Fazer mentoria é uma boa forma para construir rede de relacionamento. Você vai sentar e ouvir quem errou e quem chegou lá para facilitar as coisas.

    Também é preciso ter inteligência emocional, um repertório amplo e entender de tecnologia. Os próximos líderes precisam entender minimamente de tecnologia, não de uma maneira superficial, acho que até mesmo para saber delegar e visualizar as possibilidades de tecnologia no dia a dia.

    Já o repertório amplo se constrói com os tipos de livros que lê, a pessoa com quem conversa, a viagem que faz, o quão está aberto ou não para se relacionar com pessoas que estejam fora da sua bolha.

    Eu tenho pessoas que são lá do Capão Redondo e tenho pessoas que são bilionárias. É importante construir esse repertório para não viver de achismo, porque o grande erro dos profissionais é viver de achismo.

    Estadão
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