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ds começa no pré-natal


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Os direitos das crianças e dos adolescentes são cumpridos como prevê o Estatuto?

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Tratamento antiaids começa no pré-natal

Estimular o pré-natal é fundamental para amenizar outro problema que afeta a infância brasileira: a Aids. Há 4 mil crianças portadoras do HIV no País e, a cada ano, aumenta a proporção de mulheres infectadas.

"Em 1985, havia 28 homens para cada mulher portadora de HIV e hoje está quase em 2 para uma", diz o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Lincoln Freire. "Cuidados no parto e administração de AZT nas seis primeiras semanas de vida do bebê reduzem as chances de ele ser infectado."

Outro desafio nos dez anos de ECA é oferecer atendimento adequado aos quase 30 mil órfãos da doença. Considerado referência pelo Unicef, o projeto Viva Rachid, do Recife, consegue isso. João (nome fictício), de 2 anos e 6 meses, nasceu com o HIV. Seus pais só descobriram que eram soropositivos com o diagnóstico da criança, há um ano. A descoberta levou a mãe, S. R. S., de 19 anos, a tentar o suicídio.

Desempregado e cheio de culpa, o pai, J.V.S., de 25 anos, consegue enfrentar a situação com a ajuda da ONG Viva Rachid, que dá apoio psicológico e social aos doentes. Também distribui cesta básica de alimentos e de produtos de higiene e limpeza.

O único desejo de J.V.S. é ver João curado. O menino desenvolve-se bem desde que iniciou o tratamento. "A salvação do meu filho é tudo o que quero." Sua grande aflição e a dos pais das 100 crianças da entidade é a falta, há três meses, de sulfa, remédio que evita infecções.

O projeto foi criado em 1994 por Alaíde Elias da Silva, coordenadora da organização, que leva o nome de seu filho mais novo. Em 86, com 1 ano, ele contraiu Aids numa transfusão de sangue e morreu com 8 anos.

O trabalho inclui os pais ou responsáveis. Quando as famílias não podem ficar com as crianças, o Viva Rachid as encaminha para famílias substitutas.

Até hoje, 6 crianças foram adotadas e 19 estão com parentes. Maria (nome fictício) cuida de três dos cinco sobrinhos - os pais morreram de Aids, em 1995. Uma das crianças, de 8 anos, tem o vírus e só aprendeu a andar e falar ao entrar para o projeto. "Não sei o que seria de nós sem a Alaíde", dia Maria.

Redação Terra / O Estado de S. Paulo

 
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