Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Do Oscar a Lady Gaga no Rio: os grandes marcos da cultura em 2025

27 dez 2025 - 06h41
Compartilhar
Exibir comentários

Cinema brasileiro brilhou nas telas, e o ano trouxe novidades há décadas esperadas por amantes da arte no mundo. Mas também houve perdas que ficarão na memória.Do cinema brasileiro aos artefatos do Egito Antigo, 2025 trouxe diversos frutos aos amantes da arte e da cultura. No Brasil, o ano ficará marcado na memória pelo primeiro Oscar levado para casa, depois de uma campanha intensa que contagiou multidões.

"Ainda Estou Aqui" ganhou Oscar de melhor filme internacional
"Ainda Estou Aqui" ganhou Oscar de melhor filme internacional
Foto: DW / Deutsche Welle

A nível internacional, também alguns dos escritores mais amados do público voltaram às livrarias, matando a ansiedade dos fãs, ou estrearam no formato dos romances.

Houve também perdas, com pelo menos dois museus tendo valiosas obras de arte roubadas. E de emocionadas despedidas provocadas pela morte de grandes nomes conhecidos entre os brasileiros ou no mundo todo.

Relembre uma seleção de acontecimentos que marcaram a cultura neste ano.

"Ainda Estou Aqui"

Situado na ditadura militar brasileira, Ainda Estou Aqui ganhou Oscar de melhor filme internacional em março, um feito inédito para o país. O Brasil havia sido indicado cinco vezes, incluindo a edição de 2025.

A obra concorreu com o dinamarquês A Garota da Agulha, o francês Emilia Pérez, o alemão A Semente do Fruto Sagrado e a obra da Letônia Flow, que venceu por melhor filme de animação.

Também indicado a melhor filme, Ainda Estou Aqui não levou o prêmio, considerado o principal do Oscar. Nem Fernanda Torres, a protagonista do longa, ficou com a estatueta de melhor atriz.

Mais do cinema brasileiro

Outras produções brasileiras brilharam mundo afora. Dentre elas, destacou-se O Último Azul, filme brasileiro dirigido por Gabriel Mascaro, que conquistou em fevereiro o Urso de Prata do Grande Prêmio do Júri no Festival de Berlim, a segundo maior honraria do evento.

Já o Urso de Ouro, maior prêmio da competição, foi vencido pelo filme norueguês Drommer, de Dag Johan Haugerud. O festival destacou a diversidade do cinema nacional, com 13 produções brasileiras.

Em novembro, foi a vez de O Agente Secreto conquistar as telas, com estreia simultânea em Brasil, Alemanha e Portugal. O filme já foi indicado ao Globo de Ouro 2026, além de ser a aposta do Brasil no próximo Oscar.

Lady Gaga no Rio

Depois da excitação com Ainda Estou Aqui, o Brasil se mobilizou com um histórico show de Lady Gaga na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Mais de 2 milhões de pessoas assistiram à cantora, segundo a prefeitura carioca. Foi o maior público da carreira de Lady Gaga, com a presença de pessoas de todas as partes do Brasil.

"Sinto-me sortuda, orgulhosa e profundamente grata. Nesta noite, nós estamos fazendo história", disse a cantora. Os brasileiros esperavam pelos últimos oito anos por uma apresentação sua, depois que ela teve que cancelar sua participação no Rock in Rio de 2017 por problemas de saúde.

Academia Brasileira de Letras

Pela primeira vez em seus 128 anos, a Academia Brasileira de Letras incluiu uma mulher negra entre seus imortais. Ana Maria Gonçalves, autora do romance histórico Um defeito de cor, passou a ocupar uma cadeira na instituição fundada em 1897.

No seu discurso de celebração, ela agradeceu à sua ancestralidade, "fonte inesgotável de conforto, fé, paciência e sabedoria." A escritora disputou a posição com outros 11 intelectuais, tendo obtido 30 de 31 votos.

Também roteirista e dramaturga, a agora imortal levanta debates raciais pelas suas obras. Ela ocupa a cadeira de número 33, antes pertencente ao filólogo Evanildo Bechara.

A volta de gigantes

Após vários anos desde sua última obra, o popular escritor britânico Ken Follett voltou em setembro às livrarias com Círculo dos Dias. O romance épico, ambientado há 4,5 mil anos, gira em torno do enigmático caso de Stonehenge, sobre vidas humanas por trás da construção do icônico monumento neolítico localizado no sul da Inglaterra.

Poucos dias depois, Dan Brown também retornou às livrarias com O Segredo Final. A nova entrega de sua saga mais famosa, protagonizada por Robert Langdon, coloca o especialista em simbologia em uma trama repleta de enigmas e reviravoltas na cidade de Praga.

Roubos a museus

Num dos episódios mais sombrios da sua história, o Museu do Louvre foi assaltado em plena luz do dia. Em 19 de outubro, ladrões encapuzados roubaram oito peças que pertenceram à Coroa francesa, com valor estimado em 88 milhões de euros (cerca de R$ 582 milhões).

O caso colocou a segurança do museu sob forte questionamento, gerando uma crise de imagem. Os itens roubados continuam desaparecidos.

Depois, em dezembro, dois homens roubaram treze obras de arte na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo. Foram alvo do crime oito gravuras do artista francês Henri Matisse e cinco do pintor brasileiro Candido Portinari.

As gravuras faziam parte de uma exposição iniciada em outubro deste ano e voltada à arte modernista das décadas de 1940 e 1950, uma parceria com o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM).

A Polícia Civil iniciou no mesmo dia as investigações, tendo divulgado o retrato dos dois suspeitos pelo mais recente assalto às instituições culturais de São Paulo. Três suspeitos já foram presos.

Grande Museu do Egito

Após vinte anos de obras e inúmeros atrasos, o Grande Museu Egípcio abriu suas portas em 2025. Trata-se de um enorme complexo de 500 mil metros quadrados que exibe mais de 100 mil peças. Por elas, contam-se 7 mil anos de história, desde o Egito pré-dinástico até o período greco-romano.

O grande destaque da exposição permanente é a coleção completa do faraó Tutancâmon, que inclui mais de 5 mil artefatos recuperados de sua tumba que serão expostos pela primeira vez, além de sua lendária máscara funerária de ouro.

Outro item da coleção é o barco funerário de 42 metros de comprimento e mais de 4 mil anos do faraó Quéops, também conhecido como barco de Khufu, a maior e mais antiga embarcação de madeira encontrada no Egito.

Recordes nos leilões

O Retrato de Elisabeth Lederer, do pintor Gustav Klimt, foi leiloado em Nova York por 236 milhões de dólares (aproximadamente R$ 1,3 trilhão), tornando-se a mais cara obra de arte moderna.

A peça havia sido confiscada pelos nazistas antes de ser recuperada pela família da protagonista, que era cliente do pintor, e finalmente adquirida pelo filho da empresária Estée Lauder na década de 1980.

Já o autorretrato surrealista El Sueño (La cama), da pintora mexicana Frida Kahlo, tornou-se em novembro a obra mais cara de autoria de uma mulher. O quadro foi leiloado por 54,7 milhões de dólares na casa Sotheby's de Nova York.

Kahlo superou assim a americana Georgia O'Keeffe, cuja obra Jimson Weed/White Flower No 1 havia sido vendida em 2014 por 44,4 milhões de dólares.

Despedidas

O ano que se fecha em breve foi de despedidas que tocaram no coração dos brasileiros.

Em 20 de julho, o país perdeu a cantora Preta Gil. Aos 50 anos, ela lutava contra um câncer no intestino ao longo dos dois anos anteriores. A sua morte foi recebida com grande comoção do público e da classe artística.

Morreu também em maio o fotógrafo Sebastião Salgado, conhecido mundialmente por décadas de trabalho sensível em contextos altamente desafiadores.

Outros nomes da cultura brasileira que morreram neste ano incluem Angela Roro, Arlindo Cruz, Bira Presidente, Cacá Diegues, Francisco Cuoco, Hermeto Pascoal, Lô Borges, Luís Fernando Veríssimo e Nana Caymmi, entre outros.

Fora do país, o mundo perdeu, dentre vários nomes mais, o cineasta David Lynch, os atores Udo Kier, Diane Keaton e Robert Redford e o cantor e compositor Ozzy Osbourne.

ht/cn (com EFE, Agência Brasil, ots)

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
Compartilhar
TAGS
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade