Nova técnica para tratamento de doenças nas válvulas do coração

MitraClip é feito de forma minimamente invasiva para diminuir riscos em pacientes de alto risco

5 jun 2018 - 14h05

(atualizado em 6/6/2018 às 10h22)

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Não é raro que pacientes com doenças nas válvulas do coração precisem de intervenção cirúrgica para manter a saúde, o problema é quando uma pessoa com alto risco operatório precisa passar por um procedimento desse tipo. Muitos riscos devem ser avaliados em um paciente nessa condição, mas uma nova técnica desponta como solução para casos delicados, como de quem tem insuficiência na válvula mitral: o MitraClip.

Através de um cateter, o especialista implanta um dispositivo na válvula defeituosa do paciente, normalizando a corrente sanguínea. Feito de forma minimamente invasiva, o procedimento tem alta taxa de sucesso em pacientes com idade avançada ou que já tenham doenças associadas.

"Quando indicado pelo especialista, o tratamento deve ser feito por meio da cirurgia cardíaca convencional. Porém, no caso desse tipo de paciente, o risco de fazer uma cirurgia considerada aberta é bem alto, inclusive com complicações durante o procedimento. É aí que optamos pelo MitraClip, que reduz os riscos pela forma como é realizado", explica o dr. Luiz Antônio Carvalho, coordenador da Hemodinâmica do Hospital São Lucas Copacabana.

Por ser pouco invasiva, a técnica do MitraClip contribui para a rápida recuperação do paciente e diminui a perda de sangue durante a cirurgia. Porém, para ser um método indicado para cada caso, o especialista deve analisar a idade, o histórico de doenças e a gravidade dos danos na válvula mitral do paciente.

A insuficiência na válvula mitral é uma doença que predomina em pessoas idosas com mais de 75 anos, estando presente em 10% da população brasileira nessa faixa etária. Seus sintomas principais são tontura, falta de ar, fadiga e batimentos acelerados causados pelo refluxo do sangue para o átrio esquerdo.