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Esgrima brasileira colhe resultados importantes e já projeta Tóquio 2020

7 jun 2017 - 11h18
(atualizado em 24/8/2017 às 08h52)
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Ainda falta uma Copa do Mundo (Rússia, 2018) para as Olimpíadas de Tóquio 2020, portanto, muitas emoções seguem reservadas para os amantes do esporte. Mas embora os Jogos Olímpicos e Paralímpicos pareçam um sonho distante para a maioria, há quem treine duro para conquistar uma vaga no disputado Time Brasil.

A esgrima, composta por três "armas" - sabre, espada e florete -, é uma dessas modalidades.

"Na Rio 2016, o time brasileiro de esgrima teve uma atuação expressiva, principalmente, com as marcas de sexto e oitavo lugares, resultado de um trabalho árduo de muitas pessoas que se empenharam em fazer o esporte acontecer", explica o bielorrusso Siarhei Kavalioy, mestre de Armas da Academia Paulista de Esgrima e do Clube A Hebraica, em São Paulo.

"Considerando os últimos dez anos, a esgrima deu um grande passo no cenário internacional, haja vista aos resultados que nunca antes haviam sido alcançados por atletas brasileiros."

Kavalioy, 43 anos, chegou ao Brasil em 1999, convidado por seu primeiro técnico, que já trabalhava por aqui, para ministrar aulas de esgrima com a intenção de melhorar o nível técnico dos atletas.

Para o mestre de Armas, o melhor atleta da história da modalidade no País é o sabrista Renzo Agresta. "No mundo, como a esgrima se difundiu muito nos últimos 20 anos, os talentos são diversos. Por isso, não é mais possível dizer que existe um 'país forte' na modalidade. Russos e italianos, contudo, ainda ocupam um lugar de destaque", diz Kavalioy, que trabalha intensamente para chegar ao Japão com dois de seus atletas mais promissores: Luana e Bruno Pekelman.

Luana, 14 anos, 1º lugar no Pré-Cadete e 3º lugar no Cadete no ranking da Confederação Brasileira de Esgrima, iniciou no sabre com apenas 9 anos, na Academia Paulista de Esgrima, em São Paulo. Em apenas cinco anos, foi bicampeã sul-americana infantil, campeã infantil, pré-cadete e cadete paulista. Foi ainda campeã brasileira pré-cadete e, semanas atrás, foi 3º lugar no campeonato nacional adulto do Rio de Janeiro, disputando no sabre com atletas até 4 anos mais velhas.

"A esgrima surgiu em nossa família com o nosso tio avô Cesar Pekelman, um grande atleta de espada e que chegou a participar da Olimpíada de 1952, em Helsinki, na Finlândia. Quando meu irmão Bruno começou a treinar na APE, eu ficava assistindo e me perguntando quando eu iria começar a fazer o mesmo, pois eu achava superlegal. É uma paixão que eu procuro melhorar sempre", diz a jovem atleta.

"Além do apoio dos amigos e família, me motiva a competir o sentimento de estar jogando em busca do primeiro lugar. Saber que tudo que eu treino e me esforço vale a pena, perdendo ou ganhando, sempre colocando em mente melhorar cada vez mais. Quero alcançar meu grande objetivo que é participar de uma Olimpíada."

Bruno, 16 anos, 1º colocado no Cadete (categoria dele ), 1º colocado no Juvenil pelo ranking da Confederação Brasileira de Esgrima, começou igualmente aos 9 anos. E, como a irmã, avança a passos largos no sabre. Em cinco anos, foi bicampeão brasileiro cadete, campeão brasileiro juvenil, campeão sul-americano pré-cadete, 3° lugar no campeonato sul-americano juvenil e 3° lugar no campeonato pan-americano cadete.

"Todo atleta de alto rendimento tem o sonho de participar dos Jogos Olímpicos. E é possível. Acredito que a ajuda de um patrocínio facilitaria, uma vez que, para poder chegar lá, é necessário participar de muitos torneios nacionais e internacionais. Sem esse apoio, fica mais difícil", reconhece.

Treinado por Siarhei Kavalioy, Bruno aposta no desempenho máximo para conquistar a vaga no Time Brasil. E reconhece o papel do especialista: "Ele foi e é extremamente importante para mim. É um técnico muito atencioso e dedicado. Sem ele, nada disso teria acontecido. Além de ter sido um grande atleta, é uma pessoa que sabe a hora exata de ser técnico exigente e ser um grande amigo. Ele passa todo o seu conhecimento e sempre nos motiva a não desistir até nos momentos mais difíceis."

Kavalioy, que começou a praticar esgrima em 1985 com 11 anos, na Bielorrússia, e aos 14 anos foi morar em uma escola especial para atletas, participou de diversos campeonatos nacionais e, em seguida, entrou para a Seleção de Esgrima da Bielorrússia.

"Nos últimos anos como atleta, cursei a faculdade de Educação Física e, em 1998, me tornei mestre de Armas. Hoje, me divido como treinador na Academia Paulista de Esgrima e do Clube A Hebraica, treinando atletas de competição e amadores. Também sou convidado a arbitrar em todos os campeonatos da modalidade no Brasil."

Em relação aos atletas, Kavalioy explica que aqueles que demostraram maior aptidão treinam todos os dias da semana, de quatro a cinco horas por dia.

Até Tóquio 2020, se o treinamento, participação em campeonatos e estrutura interna continuarem a acontecer no Brasil, existem chances reais de resultados ainda melhores que a Rio 2016, com chances de medalha, entende o bielorrusso.

Luana e Bruno Pekelman, evidentemente, estão em sua lista de apostas: "Recentemente, tanto o Bruno, como a Luana ganharam os campeonatos sul-americanos nas suas categorias e o Bruno ficou em terceiro lugar no pan-americano de Havana, em Cuba. Minha esperança é que eles consigam ir longe, pois ambos têm talento, treinam com afinco e vêm conseguindo um ótimo desempenho."

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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