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David Shaw: 'É o momento mais importante para o crescimento do MMA no Brasil'

Executivo fala sobre o UFC Fight Pass, novo serviço de streaming da organização, dos bastidores do UFC 283 e das novidades da categoria para 2023; Brasil recebe evento principal pela primeira vez em três anos

16 nov 2022 - 20h10
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O ano de 2023 marca uma mudança para o UFC no Brasil. Pela primeira vez em quatro anos, o País receberá um evento da organização. O UFC 283, que acontece em 21 de janeiro, é um dos marcos de um novo momento para o MMA, como aponta David Shaw, vice-presidente da organização, em entrevista exclusiva ao Estadão.

Nesta semana, o UFC iniciou campanha de divulgação do evento no Rio. Desde agosto, a organização se mostrou ansiosa com as novidades para 2023, como o lançamento do UFC Fight Pass, serviço de streaming exclusivo, a partir de 1° de janeiro. Ele irá contar com todos os combates ao vivo, além de conteúdos sob demanda.

Além dele, já era de conhecimento público a parceria do UFC com a Band para a divulgação do MMA no País para os próximos anos. O Combate e a TV Globo deixarão de transmitir o combates ao vivo a partir de 2023. Shaw aponta como o "maior momento na história do MMA", com o retorno à TV aberta e dos eventos no Brasil, a começar pelo Rio em janeiro.

O executivo revela detalhes para 2023 e bastidores da escolha do cartel do UFC 283. Além do combate pelo cinturão do peso-mosca, entre o brasileiro Deiveson Figueiredo e Brandon Moreno, o foco da organização foi a escolha de grandes nomes do esporte no Brasil. "O País é um dos maiores mercados fora dos EUA. Queríamos honrar esses fãs com ídolos do MMA."

Valores e propostas do Fight Pass também são revelados pela primeira vez. Com a proposta de adequar o preço do serviço para a realidade brasileira, Shaw se mostra confiante com a recepção do público. "O UFC sempre aposta na qualidade do produto que oferece aos seus fãs."

David, com o retorno do UFC para o Brasil, novas atividades estão sendo realizadas pelo País, em especial. O que você pode adiantar para os fãs?

Vai ser uma grande celebração do MMA no Brasil. Nesta semana, iniciamos a venda dos ingressos para o UFC 283, dia 21 de janeiro, na Jeunesse Arena, no Rio. É uma oportunidade para voltarmos ao Brasil, um dos maiores mercados fora dos Estados Unidos, após três anos. São mais de 100 atletas e lutas valendo cinturão nos próximos meses, com o Glover Teixeira e, claro, o Deiveson Figueiredo. Ao longo dos próximos meses vamos realizar treinos abertos, coletivas de imprensa com os lutadores e ativações com nossos parceiros. Vai ser uma grande celebração do MMA no Brasil.

Além do UFC 283, 2023 marca uma nova parceria com a Band e o lançamento do UFC Fight Pass no País. Como a organização enxerga esse momento?

Eu diria que é o momento mais importante que enfrentamos no crescimento deste esporte no Brasil. A coisa mais empolgante que temos a oferecer é que agora temos um produto totalmente focado nos fãs para trazer ao mercado. O lançamento do UFC Fight Pass em 1º de janeiro é a primeira oportunidade para criarmos um verdadeiro lar do UFC, casa oficial do UFC, onde pensamos em tudo e tudo será localizado para o português. Os fãs terão acesso à toda biblioteca do UFC, tanto em inglês como em português, e poderão assistir onde quiserem, seja na web, no celular, nas smart TVs, no Playstation ou no Xbox.

Quanto ao novo serviço de streaming, um dos principais interesses dos fãs é o preço. O UFC já definiu os valores para o Brasil?

É um orgulho falar com vocês sobre um projeto que estudamos há muito tempo: o preço do Fight Pass, localizado para a realidade brasileira. Queríamos ter a certeza de que o UFC pudesse chegar a todos os fãs, de Manaus a Porto Alegre. Queríamos um preço que fizesse sentido. Com isso, o valor da assinatura anual será de R$ 24,90 e a mensal de R$ 29,90. Além disso, entre os dias 1º e 14 de janeiro, esse plano anual terá 50% de desconto. Estamos muito orgulhosos desta oportunidade de trazer um produto verdadeiramente focado em fãs para os fãs em todo o país.

O mercado de streamings é um dos mais competitivos do mundo, com a presença da Warner, Amazon, Netflix e outras marcas brigando pelas assinaturas. Ao entrar no Brasil, como o UFC analisou essa realidade?

Uma coisa que o Dana White sempre diz é: 'Nós estamos sempre confortáveis em apostar em nós mesmos.' Sabemos da rica história do UFC no Brasil e que as pessoas irão gastar seu dinheiro suado em outros produtos, como o Amazon Prime ou o HBO Max. É por isso que fizemos um longo estudo antes de anunciar o preço do nosso serviço no País. Existem milhões de fãs interessados nos combates e, ao final, o Fight Pass se resume a isso. Se você quiser assistir ao UFC ao vivo, se você quiser ver os campeões, como a Amanda Nunes e o Deivison Figueiredo, então o Fight Pass é o lugar certo.

Quanto aos conteúdos exclusivos para o Brasil, quais novidades o UFC pode adiantar para os fãs?

Temos cerca de 30 pessoas em nosso escritório em São Paulo, liderados pelo Eduardo Galetti, vice-presidente do UFC na América Latina. Ele sempre esteve na produção de nossos eventos ao vivo e também na programação original. Sua equipe está responsável por criar histórias dos nossos atletas e ídolos brasileiros, mas também sobre algumas das estrelas em ascensão. Além disso, a ideia é cobrir algumas das academias mais importantes do País. Nossa programação localizada será tão rica e abrangente quanto em qualquer outro lugar do mundo e é por isso que estamos tão orgulhosos.

Além das lutas já confirmadas para o UFC 283, o Charles do Bronx rejeitou uma possível luta no evento. Ao Estadão, ele havia dito que existia essa possibilidade. Existiram conversas do ex-campeão dos pesos-leves com a organização. Qual foi o critério de escolha dos outros lutadores do cartel?

Eu não posso confirmar se houve ou não conversas com o Charles. Dana White e Hunter Campbell, principalmente, discutem essas questões pessoalmente com os atletas. O que eu posso afirmar é que há um bom tempo existe um interesse considerável do UFC em contar com atletas brasileiros em nosso primeiro evento no Rio. Além da disputa pelo cinturão do peso-mosca, ter nomes como o de Shogun e Jéssica Andrade, além de estrelas do UFC no futuro, foi importante para nós termos uma seleção diferente e um recorte diferente de atletas. Ainda há nomes para serem confirmados até janeiro.

Em relação ao combate entre Deiveson e Brandon Moreno, quais as expectativas do UFC para o evento, tanto no aspecto quanto na visão de um "produto a ser vendido"?

No UFC, nós amamos quando temos esse nível de competitividade entre dois atletas. Será a primeira vez na história da organização que teremos um quarto combate entre lutadores. Todas as três lutas anteriores foram incrivelmente emocionantes e estamos orgulhosos de trazer essa luta de volta ao mercado. Como sabemos em nosso negócio, quando você tem histórias como essa, contribui para uma luta perfeita e estamos empolgados para trazer isso para o Rio.

Por fim, após o UFC 283, o que 2023 reserva para o UFC no Brasil?

Para começar, a expectativa é de termos uma casa cheia em janeiro. Se eu tivesse alguma novidade em primeira mão, eu revelaria agora, mas não é o caso. O mais importante é: estamos retornando à nossa programação de combates globais, como tínhamos antes da covid-19, mas é claro que é impossível manter a mesma média de 20 eventos numerados como antes. Queremos, no futuro, voltar a realizar eventos em cidades-chave no Brasil. Outro ponto importante é a presença do Minotauro em nossas ações, ensinando nossos atletas. Por fim, um terceiro foco é um retorno do nosso investimento em ações sociais com jovens, comunidades e academias. Temos um ano bastante ocupado pela frente.

Estadão
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